domingo, 29 de junho de 2008

#111 - O custo da "folga"...

Quando trabalhava na Contax, fiquei alguns dias em casa, por ter pego Rubéola e no 6º dia comecei a fazer uma análise da minha "economia" de não ter ido trabalhar, por estar licenciado. Assim, pude analisar o que muitos pensam sobre férias (que são para descanso e não têm custo algum) e em especial quando não se está trabalhando. A primeira coisa que vem à mente é a "lógica" de que ficar em casa é econômico, pois não saimos, não consumimos, não gastamos etc. Errado! Se pararmos para analizar cada minuto que ficamos em casa, salvo os que tem afazeres domésticos, perceberá que nos sentimos sós e afim de suprir tal necessidade começamos a procurar por companhia e tal busca nos leva a usar alguns serviços, tais como: telefone, internet, começamos a comer demais, assistir televisão, ver filmes no dvd etc. e se for colocar na "ponta do lápis", tudo refletirá em uma despesa maior no fim do mês. Comento isso baseado numa situação da qual passei, em que fiquei desempregado e apesar de estar em casa fiz um tremendo esforço para manter as despesas no mesmo nível, caso estivesse trabalhando.
É complicado, ainda mais quando se trata de alguém que tem um padrão de vida e gasto altos. É complicado ter uma renda menor que a anterior e mais ainda é ficar um tempo sem renda. O mais incrível é que vivemos em um país aonde se fala muito no social e no entanto, quem está desempregado é obrigado a passar por uma via crucis na hora de requerer o seguro desemprego, principalmente se tiver algum erro no formulário. Ao invés de juntar documentos e fazer a correção no mesmo momento, não! A burocracia manda... e prejudica que não está trabalhando.
Nosso país é injusto e o mais incrível é que quanto mais você tem, mais ganha. E quanto menos você tem, mais deve.
As empresas não respeitam quem está desempregado, lhe cobram multas e juros absurdos ao atrasar alguma prestação, sem sequer "esperar" que a pessoa se empregue novamente. Enfim... Estamos num mundo em que é preciso repensar muita coisa e principalmente ter senso de justiça, ética, humanidade e respeito com as pessoas.
Quanto te custa ficar em casa?
¿Abraços!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

#110 - Quer Pagar Quanto?

Adoro propaganda e marketing, pois ela incentiva e induz as pessoas a comprar algo que só passam a sentir necessidade quando vêem as demonstrações do quão é necessário aquilo que até pouco tempo atrás não tinha menor importância. Por outro lado, tudo que é oferecido é mais do que válido, pois estamos em um processo evolutivo, principalmente na área tecnológica.
E nisso, até mesmo o Brasil há tempo deixou de ser o país tupiniquim das peças baratas e sem qualidade.
Alguns produtos de preço inferior estão melhores do que antigamente e estamos a frente de vários países em muitas área, por incrível que pareça.
Mas é inegável dizer que a nossa propaganda é uma das melhores do mundo. Temos diversas agências publicitárias, muitas estrangeiras, algumas poucas nacionais mas todas com uma coisa em comum: o espírito do brasileiro.
O desempenho das propagandas são medidas pelo "share of mind" ou "top of mind" e venhamos e convenhamos: quem não se lembra?
- Da famosa propaganda de lançamento do Big Mac (com o fundo musical: "dois hambúrgueres, alface, queijo molho especial, cebola e picles num pão com gergelim");
- Do Natal mágico da Coca-Cola aonde víamos passar os ônibus e caminhões com as lâmpadas pequeninas em volta dos veículos, piscando à noite;
- Das propagandas ousadas da Beneton em que eles pregam a mistura das cores, a preocupação com o meio ambiente e a harmonização entre as raças;
- Da palha de aço Bombril, que apesar de simples, tem 1001 utilidades;
- Das propagandas do Itaú - Banco feito para você, com vários outdoors gigantescos nos formatos físicos e linguisticos de acordo com o perfil do cliente;
- Dos bichinhos da Parmalat que regressaram às televisões e outras mídias, 11 anos depois de sua primeira aparição.
Se eu for mencionar a metade das propagandas que classifico como ótimas, levarei muito tempo escrevendo e com certeza não citarei nem uma quarta parte do grande acervo existente.
Elejo Nizan Guanaes como o melhor publicitário brasileiro de todos os tempos e Oliviero Toscani como o mais ousado e brilhante de todo o planeta.
Qual a sua propaganda favorita?
¿Até!

domingo, 8 de junho de 2008

#109 - Vícios.

##### Dom, 15 Jul, 2007 - O casal Michael Straw, de 25 anos, e Iana Straw, de 23, declararam-se culpados por descuidar de dois seus filhos. Em vez de alimentá-los, eles decidiram passar o tempo jogando videogames na internet. As crianças, um menino de 1 ano e 10 meses e uma menina de 11 meses, estavam subnutridos e à beira da morte no mês passado, quando foram levados a um hospital por assistentes sociais. As duas crianças passam bem e têm ganhado peso, informou a promotora Kelli Ann Viloria. Segundo ela, o casal ficava tão envolvido com jogos online - principalmente os da série "Dungeons & Dragons" - que não cuidavam das crianças. A polícia informou que os funcionários do hospital tiveram de raspar a cabeça da menina porque ela estava coberta por urina de gato. Pesando 4,5 quilos, a menina também tinha uma infecção na boca, pele seca e desidratação severa. Seu irmão teve de ser tratado de uma infecção genital e a falta de desenvolvimento muscular resultou em dificuldades para andar. Michael Straw trabalhava como caixa, mas está desempregado. Sua mulher tem um emprego temporário num depósito, segundo os registros da corte. Ele recebeu uma herança de US$ 50 mil, que gastou em equipamentos de informática e uma grande televisão de plasma, afirmaram as autoridades. Crianças maltratadas por pais viciados em drogas é comum, mas casos nos quais os pais são viciados em videogame são raros, lembrou Viloria. #####
Eu fico triste em saber que há um número tão grande de incidências envolvendo "anormalidade" das pessoas nos EUA.
Todo temos vícios e manias e por tal consciência, devemos constantemente fazer uma auto-análise, ouvir o que nos dizem e deixar de lado a prepotência e arrogância que nos acompanha de pensar que só nós sabemos da nossa vida e pronto, e principalmente não deixar que nossos problemas afetem outras pessoas ainda mais quando forem nossos dependente. Lógico que, em um caso em que as pessoas nos alertem que estamos errando e não para nos moldar como elas querem que sejamos.
Fazer uma auto-análise é muito difícil. Achar nossos erros é complicado. Corrigí-los é uma tarefa árdua e requer atenção total.
Agora sim, valorizo cada vez mais o trabalho do psicólogo.
Vamos fazer uma auto-análise?
¿Beijos!