terça-feira, 10 de junho de 2014

#210 - A culpa é das estrelas?

Desde que conheceu o Eduardo, ele passou a interessar-se pela 7ª arte e foi um caso de amor a primeira vista. Inúmeros filmes, vários gêneros e aos poucos foi aprimorando seu gosto e deixando de lado aquilo que não lhe trazia sentido e emoção. Pois é! Até mesmo algumas comédias, de tão boas, são emotivas (fazem rir espontaneamente). Mas são nos gêneros de drama e romance que sua mente trabalha mais, associando a "ficção" à realidade, pensando em como seriam mais fáceis as relações se as pessoas não fossem tão orgulhosas, desonestas e inseguras de si.
E o último filme trouxe a tona inúmeras reflexões a respeito da vida e de tudo que passou até hoje. Desde criança ele sofreu, o que hoje é conhecido por bullying, com os colegas de escola o que ajudou a colocar sua estima num nível próximo de zero. O tempo foi passando, as oportunidades, a idade chegando e nesse tempo muitas relações surgiram mas poucos foram os amores. E ele pode expôr o assunto com a certeza de quem conhece a causa, pois de todas as relações vivenciadas, poucas fizeram seu coração disparar, o corpo excitar, os olhos brilharem e as palavras travarem ao expressar seus sentimentos. Talvez umas três pessoas tenham causado-lhe essa sensação, deliciosa e tão dolorosa ao mesmo tempo. O medo de terminar a vida só também mexe com seu íntimo, mas nem por isso se entrega para qualquer um, pois ainda acredita no companheirismo, na amizade e no amor e em pessoas decentes.
Um cara que, apesar do gosto apurado, gosta das coisas simples, do sorriso inocente, da cordialidade e gentileza sem pudores e ainda que se pareça com a grande maioria, é uma pessoa (in)comum. Tenta ser uma boa pessoa a cada dia, é carinhosa com todos, amigo para todas as horas e principalmente com quem ama, mas ainda solitário nesse mar de gente. Alguém cujos infinitos são maiores que os outros.
Até quando ele terá que frequentar as salas frias dos cinemas com tanta gente e ao mesmo tempo só?
¿Beijos!