Fico horrorizado toda a vez que assisto à televisão, notícias sobre a violência do ser humano contra si próprio. Não falo aqui da violência urbana, causada pelo caos social que alguns países estão inseridos, devido as várias políticas econômicas mal sucedidas, mas sim pela violência oriundas de "dogmas", "verdades", "crenças", enfim, por divergências de opiniões de superioridade imbecís. Apesar da imensidão do nosso planeta, o mundo é pequeno para quem não sabe viver nele e por isso mesmo, não devemos nos fechar em guetos específicos, tratando outros grupos como rivais. É o caso de um rapaz que conheci, e que tinha em si um mundo dividido entre héteros e homos, ao ponto de dizer para mim que não era homem. Expliquei-lhe que a questão sexual é uma coisa muito particular de cada ser humano e nem por isso devemos dividir o mundo. Fazemos, todos, parte de um mundo só. Diferenças existem, mas não quer dizer que não devemos compartilhar o mesmo mundo. O melhor exemplo para ilustrar isso, é a moeda, aonde tem duas faces diferentes que convivem em harmonia. Já imaginaram se aqui no Brasil todos resolvessem entrar em conflito por causa de questões: sexual, religiosa, time de futebol, escola de samba, política, classe social, regionalidade etc. Iríamos estar vivendo em eterno conflito... As divergência de opiniões são necessárias para o amadurecimento do ser humano interior e exteriormente, sem que elas precisem ser impostas como na época ditadorial, aonde tudo era feito às escondidas (se bem que escondidinho é mais gostoso!). Tento conscientizar, dia após dia, à minha ex-namorada Danielle e a minha amiga Janice, que não alterei meu jeito de ser e de pensar depois de ter-lhes dito que sou gay. Enfim, vivamos com as diferenças e divergências sem conflito.