sexta-feira, 23 de maio de 2014

#209 - Incomum

Sou um cara incomum mesmo...
Gosto das boas coisas o que não quer dizer que eu despreze a simplicidade; não gosto de "meias-verdades" e por tal sou franco e direto, para não deixar dúvidas quanto ao que sinto e penso, sem ser grosseiro; não gosto que duvidem de meu caráter, apesar de todos os defeitos que tenho (e quem não os têm), ainda prezo pela moral e ética, para comigo e principalmente com os outros, longe de qualquer hipocrisia; gosto de abraços apertados e sinceros, do sorriso doce e inocente e ao mesmo tempo cativante; gosto da lealdade, das palavras amigas e principalmente verdadeiras; gosto de gente que pensa, que acrescenta algo e não dos que se exibem por aí, mostrando que só têm o corpo e nada no cérebro. Sou o tipo de cara que tem ambição, mas jamais ganância, que tem admiração e não acredita em "inveja branca". Por isso gosto de cinema, boa música, bons livros... e por falar em cinema, meu gosto é tão peculiar que já perdi as contas de quantas vezes eu e no máximo meia dúzia de pessoas ficamos numa sala de cinema (com capacidade para mais de 100 pessoas), para assistir uma sessão.
Quanto aos amigos, tenho poucos, tanto que posso contá-los com os dedos de uma mão e ainda sobrarão dedos. Não que eu não goste das pessoas a minha volta, mas sou bem sensato para saber quem é que vou poder contar na hora do aperto. E esses, são pouquíssimos.
Eu gosto do impossível, dou risada do perigo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demostro o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo a verdade, e aqueles pra quem digo isso, eu me irrito de uma forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
São poucas as pessoas para quem eu me explico, sou fácil de amar sem ser compreendido.
Sou uma pessoa que gosta, que ama e que me entrego de corpo e alma àquele que sente o mesmo por mim. Sou romântico e levo isso para todo o lugar com aquele que eu amo.
Se todos cultivassem esse romantismo, a nossa realidade seria bem mais bela.
Por hora só me deparo com corações orgulhosos e ardilosos, e a vida os ensina, lá na frente, o quão estão errados em temerem de se entregar. 
E por eu ser assim, atraio admiração e medo das pessoas.
¿Beijos!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

#208 - Sofrimento que não acaba

Já vão fazer seis meses e o coração parece dele não parar de sangrar...
Muitos o chamam de "dramático", mas não sabem o que se passa em seu íntimo e parecem nunca ter ouvido a expressão "morrer de amor". Está certo que uma ou várias doses de otimismo ajudam qualquer um, mas a decepção e o estrago foram tão grandes que só doses homeopáticas não estão sendo suficientes para que o efeito "Fênix" surja.
Já são anos de sofrimento e a crença de sua incapacidade de manter um relacionamento sólido e estável, olhando para o espelho e não enxergando nada além da idade pesando sobre o ombro.
Mas como ele mesmo brinca: "antes tarde do que mais tarde", só agora os olhos foram abertos para saber que o inimigo estava ao seu lado o tempo inteiro. Muito se vê na televisão, se ouve em determinadas igrejas e até se comenta, mas poucos acreditam quando são informados de tal fato. E os que desprezam tal fato, o fazem porque não sofreram as consequências de tamanha maldade. Como diz o dito popular, "pimenta no olho dos outros, é refresco".
E ainda que peçam para que ele recorra à Deus, Jesus, Maomé ou qualquer outra "santidade", são tantos anos de sofrimento que fica difícil de levar uma rotina normal. E quando se descobre a causa disso tudo, a verdade é revelada e ele nada pode fazer contra seu inimigo?
E aí vem a grande questão: como amar alguém que "interfere" na vida do próprio filho, ceifando-lhe a oportunidades de ser feliz e até crescimento pessoal. E em meio aos choros e orações, a promessa de dias melhores, dia esse que demora a chegar, até porque o tempo do homem não é o tempo de Deus.
Enquanto isso, ele há de passar pelo sofrimento da perda de um sentimento nobre, pela descoberta de uma traição e pela convivência com a loucura.
¿Beijos!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

#207 - Marcha Fúnebre

Era um jovem cheio de sonhos e bastante independente. De início, pensou em constituir família, mas sempre pensou em ter alguém especial do seu lado. Não! Ele nunca se conformou com o trivial, com o comum, sempre quis mais, mas sem querer passar por cima de ninguém. Sem muito problema, aprendeu a ser ético e sempre buscou ser amigo de todos. Ainda assim, sofreu todo tipo de constrangimento na escola, o famoso "bullying" dos dias atuais. Não era chamado para os jogos, não tinha muitos amigos e seu senso ético fazia com que outras pessoas se afastassem dele. Sempre recebeu muito bem seus coleguinhas em casa, todavia não era incomum alguém convidá-lo a retirar-se da casa quando não concordava com os termos do dono (geralmente para prejuízo próprio).
Foi crescendo e sob o assédio do primo mais velho, conheceu de maneira prematura o sexo, ainda sem entender como a coisa funcionava. Chorou várias vezes, tanto no ato (ainda que sem penetração) quanto mas várias vezes que foi ameaçado pelo primogênito.
Com a chegada da adolescência e descoberta do corpo, manteve um relacionamento de mais de quatro anos com outro primo e então descobriu o verdadeiro prazer do sexo. Teve poucas namoradas, menos ainda transou com mulheres haja vista ter descoberto sentir muito mais prazer com homens, porém nunca traiu suas namoradas com outras meninas ou meninos. Apesar dessa fase "bissexual", jamais assumiu-se para si o gosto por rapazes e menos ainda gostava dos assumidos e efeminados. Até que um dia, vagando pelo chat do UOL, apaixonou-se por um rapaz encantador. Branco caucasiano, cabelos negros, magro e com uma voz doce, aos poucos fez com que ele "saísse do armário", no sentido mais literal do termo. Não mudou seu modo de ser com ninguém, mas passou a enxergar outras pessoas de maneira igual. Se por um lado a paixão não foi correspondida, por outro lado o respeito ao próximo ficou latente. O sofrimento durou pouco tempo e logo ele, recém "saído do armário" estava flertando com uns e outros, satisfazendo-se as vezes com os profissionais do sexo, com a ressalva de que nem todos lhe proporcionaram o prazer desejado. Apesar de viver uma fase de intenso prazer e aventura sexual, namorou poucos rapazes, uns 3 no total. Sempre manteve-se fiel em todos os relacionamentos, mas por um motivo ou outro eles terminaram e o mais longo durou mais de 5 anos. Foi muito bom, mas ainda faltava algo: mais presença, tanto física quanto espiritual. Enfim... águas passadas não movem moinhos. O carinho por todos os ex e pelas ex sempre foi normal, pois sempre os viu como pessoas especiais que passaram por sua vida.
Sua vida estava normal, tudo caminhando dentro do possível até que um rapaz simpático, com um sorriso sem igual e de um encanto de deixar qualquer pessoa imóvel. A conversa foi fluindo, as palavras aparecendo e algo de incomum havia nessa amizade. Até que um dia, descobriu-se apaixonado por esse "anjo". E mais uma vez, do nada, o "anjo" bateu asas e abandonou tudo, inclusive a amizade por ele. E qual a surpresa em saber que há muito mais do que os olhos vêem, mas o sofrimento é latente, as noites já não são mais bem dormidas e as lágrimas não cessam e os dias têm sidos de sofrimento. Não há mais vontade de ficar, o mundo de sonhos daquele jovem ficou em tons escuros, variando do negro ao cinza e a esperança jaz quieta, sem incômodo algum.Se vai ficar ou vai partir, o recado está dado e só Ele sabe o dia de amanhã.
¿Beijos!