Desde que eu me lembre por "gente", sempre tive características muito próprias, mas pela cultura da influência dos pais (ou da mãe), durante longo período fui "orientado" a seguir um caminho não trilhado por mim. Apesar das inúmeras interferências, palpites sobre as roupas que deveria usar (que não tinham nada de "anormais" para um rapaz), companhias com quem deveria andar e lugares para onde ir, segui o meu instinto, exceto pela escolha do curso superior a fazer, haja vista que o propósito era o de eu seguir um caminho indicado por ela, com pouco ou nenhum fundamento, que não fosse o do "status".
E nisso foram 3 anos perdidos, tentando fazer o vestibular de Engenharia que não era o meu forte.
Não posso negar que tive oportunidades de montão, meios para estudar nunca foram me negados, todavia, tudo servia para um projeto de "agradar a terceiros", sem que fosse levado em consideração minha opinião. Aliás, muita coisa foi feita sem o meu aval ou que eu soubesse, mas é uma história para outro post.
Mas as interferências/ palpites não pararam por aí. A descoberta de minha sexualidade foi o estopim para que viessem à tona, os atritos que seguir-se-iam por muitos anos.
Enfim, enfrentei minha realidade diante de todos e da família e ainda assim, convicto de minha natureza, tive/ tenho uma "aceitação" no limite da tolerância.
Mas vejo que esse "meu problema" não é exclusivo e que muitas pessoas passam pelo mesmo pela ignorância da família e por total falta de compreensão da sociedade.
Enquanto muitos continuarem com suas máscaras, continuaremos com uma parcela de pessoas infelizes.
¿Abraços!
Enquanto muitos continuarem com suas máscaras, continuaremos com uma parcela de pessoas infelizes.
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