"Você não precisa de muito para ser feliz", "a felicidade está nas pequenas coisas", "tem gente mais infeliz que você" e blá blá blá.
Não quero dizer aqui que os que pregam essa realidade não tenham passado por momentos difíceis ou ruins, mas cada ser é único e a concepção de felicidade também. Obviamente, a definição de felicidade deve estar dentro de um "padrão" aceitável e não deve ser confundido com uma "descarga" que ameniza um desequilíbrio emocional, como por exemplo: compras. Quem sai às compras para minimizar o sentimento de infelicidade, na verdade está trazendo para si um paliativo um tanto quanto perigoso, tendo em vista que o status quo que permite o consumo desenfreado pode, em algum momento, acabar.
E quando eu digo isso, o faço com experiência própria. Hoje, às vésperas de chegar aos 49 anos de idade, perto de completar meio século de vida, não me vejo como alguém feliz, mas privilegiado, sem sombras de dúvidas. Isso, por si, já é motivo para que fique feliz, os livros, os selos, os filmes, a possibilidade de ir e vir, uma casa completa etc.
Mas esquecem os demais que, uma convivência tóxica, a ausência de amigos ou de alguém que nos complete, faz com que seja verdadeira a concepção de Maslow, quando o mesmo criou a pirâmide das necessidades humanas. E eu não sou diferente e muito menos "perfeito" ao ponto de ignorar meu lado "animal" com necessidades e instintos que precisam ser saciados. Enfim, se alguém disser que está infeliz, ao invés de transcrever uma "receita da felicidade", busque saber qual a necessidade que esse ser tem.
¿Beijos!
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