terça-feira, 30 de março de 2010

#172 - Micos que me perseguem.

Sou uma pessoa do signo de câncer, e de muita sorte. Tanta sorte que tenho mico para pagar a todo momento. Numa apresentação para o pessoal da Seleções Reader's Digest foi pedido que cada um comentasse o seu "mico". Como não era o primeiro a comentar, enquanto ouvia os micos anteriores, fui lembrando e listando todas as situações que passei e pensando na melhor.
* A primeira situação foi numa festa de um conhecido meu, que não o via há algum tempo e resolvi levar minha ex-namorada para o evento. Chegando no local, fui recepcionado por alguém e chamei a atenção do mesmo por não ter sido recepcionado pelo dono da festa. De repente, segui o receptor e perguntei: "é você mesmo, Guido?".
* Estava na praia, com um grupo de conhecidos de uma amiga, quando cismei de reclinar a cadeira para cima... o problema dessas cadeiras, é que elas não tem limitadores e quando se faz muita força para recliná-las, a cadeira se fecha. Foi o que aconteceu comigo: fui, literalmente, engolido pela cadeira e fiquei igual a uma tartaruga, enquanto todos riam a minha volta.
* Sempre fui fã do GPS - Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global, que permite o usuário saber o local exato aonde se encontra, com auxilio de um mapa. Digo isso porque sou o "Ás" em perder-me pelas ruas de minha cidade (e porque não dizer das outras também) por conta de meu "faro" e chegar em favelas que jamais sonharia pisar um dia.
* Outra característica minha é o da atenção. Sempre tive bastante, mas ela nunca esteve comigo... Estava eu, com meu namorado, na Barra da Tijuca - Rio de Janeiro, quando eu comentei com ele que nossa viagem de retorno à minha casa seria feito numa linha que passaria pela orla do dito bairro. Entretanto, as linhas 233 e 234 compartilham o mesmo "ponto final" e deixei-o em alerta para pegarmos o 233. Eis que para o 234 na nossa frente com ar-condicionado e quando todos os passageiros começaram a embarcar, peguei nas mãos de meu namorado e embarquei também.
* Trabalhava no Banco Itaú, nessa época e fui ser testemunha de uma ex-colega de trabalho, na empresa anterior ao banco. Passando pela Lapa, em frente a Sala Cecília Meireles, para ser mais exato, vários mendigos abrigavam-se da chuva quando involuntariamente pensei: "o sindicato dos mendigos está aberto hoje". Foi quando, em frente ao Restaurante Ernesto (um lugar que costumava freqüentar), escorreguei numa poça d'água e cai, sujando minha roupa social toda. Comprei roupas novas na Mesbla e troquei-as no trabalho, quando depois de muito tempo, a CONEG Nilcéia me alertou sobre a etiqueta que estava em toda a perna da calça nova, comprada. Paguei pela minha língua ou meus pensamentos...
* Na época do surgimento do Windows 3.11, trabalhava num escritório de contabilidade e administração, aonde o dono ligava todos os dias, em certo horário, pedindo informações de tudo que estava acontecendo. Eis que liga um cliente, e por reconhecer a voz do chefe, começo a passar todas as informações para ele, até que depois de muito tempo, o mesmo agradece-me pela presteza e diz não se tratar de quem eu achava quem fosse.
* Estava em Carapebus, na casa de praia com parentes quando o marido de minha prima resolve pescar. Minha prima, atenciosa esposa que é, pede que eu leve algumas latinhas de cerveja para ele e me dá as chaves do carro. Resolvo ir pela estrada de areia, até que, um moleque que me acompanhava, resolve sair do carro repentinamente deixando-me "cabreiro" com uma poça d'água que havia a frente. Como não conhecia nada por ali, resolvi dar ré no carro, acelerar e "cortar" pelo mato alto que beirava a estrada. Até que... o carro afundou no brejo e ficou pela metade, debaixo d'água. Passava um grupo de pescadores, quando balancei um lenço e pedi: "podem ajudar-me, porque eu acho que o carro atolou..."
* Catchup na pizza, muita gente gosta. Mas, quando se vira a bisnaga aberta, o desastre é total.
* Sempre demorei a gravar o nome das pessoas, mas confundí-las na rua é comigo. Certa vez, estava no metrô e avistei um camarada na outra extremidade do vagão. Fui ao seu encontro, afim de cumprimentar velho conhecido meu, quando... não era quem eu esperava. E vai a pergunta clássica: "você não é irmão de fulano". Também aconteceu no ônibus, quando bati nas costas de um cara, achando tratar-se de um vizinho, que chamava de "Roberto Carlos" pela longa cabeleira... As faces ficaram rubras de vergonha e só não desembarquei da condução porque estava atrasado para o trabalho.
* A pressa é inimiga da perfeição e se Deus nos criou com os dois olhos na cara, para olharmos para frente, devemos aceitar essa condição com atenção. Num desvio de olhar, no Largo da Carioca, para uma linda mulher, acabei "beijando" um dos postes de luz que lá se encontra. E na saída da filatélica, a porta do elevador ficava de frente para a porta de vidro, da portaria. Não reparei que a mesma estava fechada e por pouco não quebro o meu nariz com a porrada que dei no vidro.
* E quando a distração toma conta da pessoa, que aperta o botão do elevador para determinado andar, quando na verdade o andar desejado é o mesmo em que a pessoa se encontra?
¿Beijos!

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