Apesar de estar sendo mantido pelo meu pai (o que eu não acho graça alguma), ainda que em contrapartida eu tenha que cuidar da limpeza da casa e conviver com alguém que só me "suporta" (o que faz com que o sentimento seja recíproco), desde que me conheço "por gente", gosto de minha independência total, inclusive a financeira.
E essa independência não se traduz em anarquismo, mas sim na libertada de ir e vir e de ter.
E desde então venho sendo questionado pela minha volta à CLT ou prestação de serviço para terceiros.
E eis que a resposta surgiu num de meus momentos de devaneios filosóficos: a humilhação!
Fazendo um retrocesso e pensando em todos os locais que passei, poucas foram as vezes em que fui reconhecido e não humilhado, ainda que me esforçasse por fazer o melhor e muitas vezes fazendo o melhor, mas sem aderir a um sistema longe de ser justo ou igualitário. E a humilhação ia além do ambiente de trabalho. Assunto para outro texto. Comecei minha vida corporativa numa empresa familiar e a humilhação vinha de um tio, que achando-se superior a todos, atrasava meu trabalho, como office boy. Em certa ocasião, onde fui designado a auditar e identificar onde funcionários "melhores do que eu" estavam roubando recursos da empresa, fui humilhado por outro tio meu e sua esposa por "não acreditarem no meu trabalho". Na sequência, encontrei uma empresa que muito ajudou no meu desenvolvimento profissional, mas que precisei sair, por ter objetivos maiores para a minha vida. Nas demais empresas, sofri um processo de "perseguição branca" por exercer bem as minhas funções. E foi assim até meu último emprego e mesmo quando trabalhei por conta própria, pois havia uma "perseguição sobre mim".
Sim! A humilhação me faz com que eu busque forças para trabalhar por conta própria e não fazer aos outros, o que fizeram comigo.
¿Abraços!