segunda-feira, 2 de maio de 2005

#50 – Direita, volver!

As vezes eu nem pareço ter a idade que tenho: chego aos 30 com jeitão de 90.
Não tenho tido paciência para muita coisa, somado ao tempo em que passo trabalhando, com um cronômetro "vigiando-me" o tempo inteiro, o "mundo" andando com pressa, os computadores evoluindo rapidamente, as crianças deixando de ser virgens cada vez mais cedo entre tantas outras lamúrias.
Muitos dizem que é falta de um namorado, outros dizem que é do analista/ psicólogo e outros dizem que é por eu ser um chato.
Chato!!! Talvez seja chato, mais pela criação que obive de meus pais, aonde aprendi a respeitar o espaço do outro e o meu limite. Sou uma pessoa organizada, na medida do possível, tenho bom gosto (apesar de saber que gosto é como o "cu": cada um tem o seu), me considero bacana com as pessoas e no entanto, percebo que muita gente não sabe "respeitar" o espaço do outro...
Como de hábito familiar, sempre recebemos bem as pessoas que nos visitam e quando se trata de nossos parentes, a receptividade (por lógica) é maior ainda. É aí que começa o grande problema, quando quem está no nosso canto, assume a área de tal forma que deixa qualquer um perdido.Já tenho um pai que é um verdadeiro desastre no que se refere a tudo que for relacionado a organização. Só quem chega em casa às 2:00h, depois de um dia de trabalho intenso ouvindo gente reclamar e gritar o tempo inteiro, e encontra uma pia de cozinha completamente revirada com todos os copos sujos, pratos, panelas e talheres (sujos) colocados de qualquer maneira, o banheiro com a toalha de chão no canto, o roupeiro aberto, a pia suja com pasta de dente, cadeiras fora do lugar, compras de supermercado a serem guardadas etc. é que entende o que eu digo. O pior é quando recebo amigos e parentes que seguem essa mesma linha da desordem e tiram tudo do lugar, mas muito pior é quando tiram as minhas coisas do lugar... Com isso, tenho ouvido um bocado de críticas a meu respeito e ao meu sutil jeito de lidar com esse tipo de coisa (qualquer semelhança com um quadrúpede selvagem não é conscindência). Não consigo admitir que pessoas da minha faixa etária (que não é pouca) e até mais velhas, não enxerguem o ambiente em que se encontram e não o mantém. Não tenho que aturar a bagunça de ninguém, principalmente quando o negócio se trata de nossa privacidade.