sábado, 29 de março de 2008

#101 - Aonde come um, comem dois.

Apesar de estarmos em pleno Século XXI, não consigo adaptar-me a modernidade do mundo atual. Apesar de pertencer há um grupo que vem crescendo muito ultimamente (praticamente em PG - Progressão Geométrica), me preocupa a fama que recebemos de promíscuos, vulgares, fúteis e outros adjetivos da pior espécie que um gay pode receber...
Vejo com certo receio e porque não dizer avesso, aos relacionamentos que alguns casais chamam de "aberto". Por mais que haja acordo entre ambas as partes, não me agrada a idéia de ter que "dividir" alguém com outra pessoa, tendo em vista que você passa a viver apenas um momento com essa e outros momentos são desfrutados com outro.
Conheço alguns casais que usam deste artifício para manterem o relacionamento "sólido" e "duradouro". Penso que, se há amor, tudo pode ser resolvido e a questão que muitos abordam que é a sexual, também. Para isso existem terapias e tratamentos diversos.
Identifico aí um grande problema para a maioria das pessoas, que é a ausência de coragem em encarar certos problemas de frente e também de criatividade. Existem inúmeras possibilidades para que um relacionamento não caia na rotina. Basta para isso um pouco de simplicidade, coragem e criatividade. Existem outros tipos de prazeres, que transcedem a carne, invadem o espírito e alimentam a alma. Há algo melhor do que estar do lado de quem se gosta, seja em um teatro, cinema, parque, restaurante, bar, boite etc. com amigos em volta e sem a necessidade de interferência de uma terceira pessoa?
Sexo é bom mas não é tudo. O poder compartilhar uma vida é algo muito mais precioso do que qualquer pulada de muro.
Nada melhor do que usar a criatividade e não entrar na rotina.
¿Beijos! & ¿Abraços!

sábado, 15 de março de 2008

#100 - De fascínio e paciência é feita uma coleção.

O único ponto em comum entre um colecionador de objetos exóticos e outro de bonecas, por exemplo, é o amor pelo hobby.
O que pode parecer um sentimento normal na verdade é algo tão forte ao ponto de o pintor Rogério Teruz dizer que "todo mundo é um colecionador em potencial": - A minha coleção de carros é gostosa porque minha mulher e meus filhos me ajudam e partilham dela - acrescenta.
Há coleções que, pelo menos aparentemente, carregam uma contradição. Fanny Berta, que vende antiguidades na feira de Niterói/ RJ, nunca gostou de brincar com bonecas, porém hoje tem mais de 500. Outras surgem na adolescência e são levadas a sério até a vida profissional - o divulgador de teatro Luís Augusto Diogo é colecionador de cartazes e programas desde os 18 anos.
A maioria dos colecionadores se preocupa em conservar o acervo. Não é o caso de Nancy Hartstein, americana de Long Beach que se mudou para o Brasil há oito anos. Ela gosta de juntas xícaras e... ainda mais de usá-las. - Dá muito mais prazer tomar café com leite numa chávena Royal Copenhagen - dia.
Porém, Nancy não coleciona apenas xícaras, cujo preço não pode ultrapassar US$ 15,00. Abridores de luvas, instrumentos parecidos com tesouras usados antigamente para adaptar luvas também são do seu interesse. E objetos de louça usados para alimentar doentes antes da difusão dos canudos também.
Para facilitar a compra de novas peças ela montou um pequeno antiquário, mas ainda assim percorre bazares e feiras para aumentar sua coleção.
(O Globo - 31/03/1991 - Alexildo Vaz)
Eu coleciono DVD's, CD's, selos e carros em miniaturas.
E você: qual a sua coleção?

domingo, 9 de março de 2008

#99 - Na vida nada se cria, tudo se copia.

Essa é uma máxima conhecida pela maioria das pessoas, creio eu, e que poucas procuram buscar conhecer sua origem.
Pensando nesse velho ditado, lembrei dos japoneses que começaram a copiar os produtos norte-americanos, em versão miniaturizada e também nas peças publicitárias (aonde ouve-se falar muito de plágio) entre outras coisas.
Esses dias fui taxado por um amigo de "antiquado" por estar usando o Netscape Navigator 9.0 em detrimento do Mozilla Firefox 2.0.
Além de eu tê-lo mandado pastar, por não ter nada a ver com a minha vida, fui saber o que cada um tinha de diferente, além da língua (inglês x português).
A pesquisa começou com a navegação pela internet, conversa com amigos e troca de idéias e verifiquei que alguns usam navegadores diferentes do tão famoso Internet Explorer. Já conhecia o Netscape Navigator de outrora e sai à caça para descobrir outros programas, além do não menos famoso Mozilla Firefox, criado principalmente para atender usuários do Linux e concorrer com o Internet Explorer (como o Netscape Navigator).
Procurei pelos que já havia visto alguma vez sendo utilizado por um de meus amigos e listei 6 diferentes e os instalei em meu pc.
Cada qual com sua particularidade, descobri que (para minha surpresa) todos são semelhantes entre si. O famoso sistema de abas é presente em todos e não há muito que discutir além do design e do "peso" medido em MB.
O que mais me impressionou é que o sistema de abas eu já o conhecia desde 2003, quando comecei a usar o Netscape Navigator 7.0 e somente 3 anos após que passou a ser utilizado em outros, inclusive no da Microsoft, que está na versão 7.0 (conscidentemente a mesma do Navigator de 2 anos atrás).
Mais uma vez, assim como foi feito com o Windows (para quem não sabe, o famoso sistema operacional teve a arquitetura copiada da Apple) todos apresentam novidades tão novas quanto os discos de Roberto Carlos.
No mais, vale a pena procurarem em sites de download ou no do fabricante para baixar e testar o que mais achar conveniente.
¿Beijos!

domingo, 2 de março de 2008

#98 - Seis por Meia Dúzia.

Não sou de comentar sobre minha vida aqui, mas as vezes tenho necessidade de expôr alguns fatos que se passam comigo.
Sempre disse ser uma pessoa legal, porém não sou perfeito e estou muito longe de ter tal status. Não que eu queira, mas seria pretenção demais dizer que sou tão bom quanto "outrem".
Como dito anteriormente, me chamo Willian e sou fruto da relação entre Fernando e Nilza. Dele, aprendi algumas lições básicas de princípios, como por exemplo manter as contas sempre pagas em dia e dela (não que a mesma fosse uma caloteira), aprendi a ser ousado e sempre a querer coisas novas e um pouco mais do que o mundo tem a oferecer. Ambos têm defeitos e qualidades, pois são pessoas normais como quaisquer outras, mas vou focar somente o que propus escrever.
Crescendo, observava meus pais e tive minha mãe como um ícone. Sempre foi uma mulher ágil, destemida e ousada. Nasceu na roça, foi professora da escola em que estudou, aprendeu a costurar de forma brilhante, é ótima desenhista, sempre muito inteligente (acho que provou o contrário quando casou) e ativa, foi secretária executiva, chegou a estudar inglês no Yes, foi gerente de uma joalheria na zona sul, só andava de salto alto e numa elegância de fazer inveja aos vizinhos (que desciam e subiam a ladeira que morávamos com sapatinho baixo), enfim... Foi uma mãe dura, de poucas palavras, mas muito divertida, que apesar de dizer não gostar de festas, sempre as fez com os mais variados temas (ela propunha e nós criávamos tudo), o que não era diferente no Natal. Também era uma pessoa amável, apesar das surras que dava (eram bem dadas), mulher de pulso forte e opiniões mais ainda (típico de gente de Libra). Graças a ela, sempre tivemos um padrão de vida acima da média, pudemos (eu e minha irmã) estudar em colégio particular quando o ensino público começou a dar sinal de falência, o nosso apartamento foi comprado, reformado (sob protestos do meu pai) e até carro ela tinha e dirigia (até que meu pai descobriu que o motor do Fusca dela era possante e o trocou por outro comum).
Mau pai, apesar de ser um trabalhador (motorista de taxi) honesto e incansável, sempre foi entregue a bebida e eu assistia (feliz ou infelizmente) isso dia-após-dia. Perdi algumas noites com a minha mãe, esperando-o chegar.
Minha mãe, continuando a pensar grande, providenciou para que fóssemos para um apartamento na parte de baixo, pois já estava ficando desgastante subir e descer, além da necessidade de mais espaço, pois era um quarto para mim e minha irmã. A vida foi seguindo até que um dia minha mãe não suportou mais o desdém do meu pai com a família e resolveu sair de casa para viver com outro cara.
Via de regra, percebido por mim, todas as mulheres que se separaram ficaram melhores, não só aparentemente mas em todo o contexto. Como toda a regra tem sua excessão, minha mãe tirou a sorte grande e entrou nessa furada.
Não que o cara seja má pessoa, mas percebi que minha mãe foi ficando diferente dia-após-dia, perdendo todo o seu brilho, sua garra, tranformando-se numa pessoa medrosa (coisa que ela nunca foi), triste, amarga e sem muita vontade de prosseguir (vale lembrar que ela assistiu à morte de 4 irmãos e de seus pais - avós marvilhosos).
Tentei e ainda tento por várias vezes resgatar aquela "mulher-maravilha" que tinha dentro dela mas é complicado, principalmente quando a pessoa não quer ser ajudada.
Ver minha mãe sofrendo quietinha e murchado como uma flor que não é cuidada, se apagando aos poucos é deprimente. Fico triste diante desse quadro tão lastimável e continuo fazendo a minha parte, com incentivo, preces e mostrando que apesar de não ser o "homem" que ela quis, sou tão homem quanto qualquer um que há por ai. Do que valeu trocar seis por meia-dúzia?
¿Até!