domingo, 14 de novembro de 2010

#185 - Protejam seus estômagos..

O fato de algumas coisas não estarem ocorrendo conforme eu previ, tem deixado-me um tanto quanto estressado e tudo a minha volta, também.
Gosto das pessoas que me rodeiam, mas se eu não sou perfeito, as que me rodeiam tem defeitos insuportáveis. É o caso da empregada que trabalha aqui em casa, uma vez por semana: a comida dela é boa, porém muito gordurosa e só de olhar, faz qualquer um passar mal.
Unindo os fatores acima, resolvi aventurar-me numa churrascaria próximo daqui de casa e convidei um casal de amigos. Carne vai, carne vem e começam a servir as "carnes exóticas": javali, capivara, cordeiro etc. Apesar de não dispensar uma boa picanha, resolvi provar de tudo que estavam servindo. Conversa vai, conversa vem e também a lingüiça mineira, que mais lembrava um testículo, segundo meu amigo Philipe. E a tal era temperadinha e a associação a um testículo fez-me com que não pedisse mais a bendita lingüiça. Então, resolvi provar a suculenta carne de cordeiro. Alguns minutos atrás, esse meu amigo havia comentando que sentiu um cheiro nada agradável e perguntou-me se tinha soltado um "pum". Imediatamente respondi que não, continuamos com a comilança e conversa até a chegada das carnes exóticas.
E enquanto provava a "suculenta" carne de cordeiro, meu amigo chega com o infeliz comentário: "era isso que estava cheirando a m... e eu não sabia o que era". Na mesma hora, lembrei-me do cheiro que o amigo bode exala. E por incrível que pareça, não sei dizer se foi imaginação minha ou é fato real, mas que eu senti o mesmo gosto, isso senti. Após o primeiro pedaço, deixei, com muito dó, o restante no pratinho. Ao menos, provei. Não digo que não gosto de algo, se não provei do mesmo. A minha comilança exótica continuará enquanto meu estômago aguentar.
¿Beijos!

sábado, 9 de outubro de 2010

#184 - E viva o cinema nacional

Nasci ouvindo que o cinema nacional era ruim, com pura pornochanchada, filmes sem um roteiro decente, sem conteúdo e com apelo meramente sexual. Os anos se passaram e na década de 80, o cinema entrou na minha vida, com os filmes do quarteto mais engraçado da época, "Os Trapalhões", sucesso de público e mais de 20 filmes produzidos, até a sua dissolução (por falecimento dos integrantes Zacarias e Mussum) apesar da crise que assolava na época. Quanto a década anterior, com sucessos de bilheteria e público acima de 189.000.000 de expectadores, a maioria dos filmes, faziam jus ao meu primeiro comentário.
A primeira metade da década de 90 foi marcada por poucas produções e lançamentos, principalmente pelo confisco financeiro do então presidente Fernando Collor e extinção das agências reguladoras e dos incentivos à produção de filmes nacionais. Na segunda metade da década de 90, ainda no governo Itamar Franco e continuado pelo de Fernando Henrique Cardoso, o cinema nacional passou a contar com agências reguladoras e incentivos fiscais para a produção de longas. e o surgimento da Globo Filmes, que ajudou na produção de ótimos filmes. Do auge a decadência, o fim dos anos 90 e início do século XXI foram marcados por produções que vem melhorando ano a ano, em roteiro, fotografia, som, figurino etc. com exibições dentro e fora do país e merecedores de prêmios no Brasil e exterior, sem o rótulo "pornochanchada".
São tantas as variáveis que podem comprovar o que digo, que resolvi usar como referência a soma das "maiores bilheterias" por década, para melhor comparação.
Década de 70: 189.643.269 expectadores
Década de 80: 138.117.435 expectadores (- 27%)
Década de 90: 19.044.749 expectadores (- 86%)
Século XXI: 82.132.053 expectadores (+ 331%)
Pela qualidade dos filmes produzidos, incentivos fiscais e parcerias entre os grandes bancos e as salas cinematográficas, o resultado não poderia ser diferente. Eu mesmo, que nos últimos anos tenho freqüentado mais as salas de cinema, principalmente para prestigiar as obras nacionais, observo o quanto o nosso cinema tem melhorado, sem deixar a desejar para nenhum outro hollywoodiano.
¿Abraços!

domingo, 12 de setembro de 2010

#183 - Missão Abortada

14 de Julho de 1973, nasce às 2:40h uma criança, logo batizado pelo nome de Willian e registrado por Willian de Azevedo Tirapelli. Nascido de uma família humilde, porém trabalhadora, seus pais, Nilza de Azevedo Tirapelli (depois de casada, suprimiu o "Manhães" após o primeiro nome) e Fernando Tirapelli, batalharam bastante para cuidar dessa criança, que por inúmeros problemas, teve uma infância bastante atribulada, entre idas e vindas ao hospital (hoje eu questiono se a causa de tantos problemas de saúde na minha infância não foram conseqüência da irresponsabilidade da gestadora, em fumar maços e maços de cigarro, diariamente).
Até os quase 5 anos, foi considerado o xodó da família, quando em Fevereiro de 1978 nasce a sua irmã, Daniele.
Agora com 02 filhos, era necessário que os esforços da família fossem redobrados e com isso, mamãe começou a trabalhar.
Apesar da família humilde, tive tudo que uma criança de classe média poderia ter, desde os bonequinhos Playmobil e seus acessórios, até o Ferrorama, passando por Banco Imobiliário entre outros.
O pai nunca foi presente e até hoje ele não saibe o significado de família ou coisa parecida. Entretanto, os amigos dos botequins eram e ainda o são seus verdadeiros familiares e amigos.
Lembro-me das inúmeras brigas, com direito a agressões físicas por parte de mamãe com papai , por conta da embriaguez dele. Todas as noites era a mesma coisa. Nos fins de semana, enorme era o sacrifício para que a família passeasse junta. Ir para um pouco mais longe, nem pensar. Não há nenhuma lembrança referente ao seu passado e sua vida, ao contrário da mamãe. E por seu total desapego a família, hoje posso afirmar que ele nunca foi um pai e sim alguém que paga as contas e compra comida para dentro de casa, com direito a sujar (e muito) tudo e não ter a menor competência para arrumar e/ou limpar nada.
E assim o é, até hoje... o botequim é sua prioridade e a embriaguez diária só não cansa aos poucos parentes que vez ou outra vem visitá-lo.
Quanto a mamãe, mesmo depois da separação, há mais de 20 anos, não perdeu o hábito de querer brigar ou arrumar pretexto para brigar com quem quer que seja. Reclamações, lamentações, queixas das outras pessoas e tantos outros atos deixam-me triste. E por menos que eu queira, toda a vez que estamos juntos, não é diferente... brigas pelos mesmos assuntos: "por que você não faz um concurso público?"; "ainda está com dívida?"; "você é um irresponsável..." e blá blá blá. O mais triste é saber que ela optou por seguir para uma velhice, cheia de tormentos, preocupações que não lhe dizem respeito, endividamento de forma irresponsável e com pouco cuidado com sua saúde, tanto mental quanto física.
E a irmãzinha, que acompanha-me desde os meus 5 anos... nunca foi amiga e sempre optou por ficar do lado "mais forte", não interessando quem tivesse razão. E hoje tem a "cara de pau" de abraçar-me, dizer que gosta muito de seu "irmãozinho" e que se preocupa com o "irresponsável" que ele o é. Como se algum dia eu tivesse feito algo que prejudicasse a família ou coisa do tipo e tivesse invejado como ela invejou, minha situação que, se tivesse mantido, faria estar longe de toda essa corja.
E os amigos... Tendo em vista o meu nível de esclarecimento em relação a maioria e segundo a definição de Aurélio Buarque de Holanda, posso dizer que não os tenho. Infelizmente, não tenho com quem contar, de verdade, por perto. Nem quem se diz minha melhor amiga, não é capaz de auxiliar-me e ainda tem a capacidade de reclamar da minha vida, ao contrário de mim.
Com um histórico desses, não é de se espantar que quem a viveu tenha tido, em algum momento da vida, algum "surto". E foi isso que aconteceu, que será contado em ocasião oportuna, mas posso afirmar que falhei na missão de integrar-me a essa família escolhida, pois hoje meus sentimentos estão limitados quanto a todos.
¿Abraços!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

#182 - Um peixe fora d'água.

Há muito tempo desejaria ter somente um projeto pendente ou parado. Ao invés disso, estou com vários deles parados, pela metade e por culpa única e exclusivamente minha. Não me lembro desde quando, mas vários fatores externos me "bombardeiam" e me deixam numa incognita quanto ao que ocorre.
Ainda quando trabalhava na Contact Seres, vislumbrava uma promoção, que nunca ocorreu e alguém que, apesar de carismático, não tinha a visão que eu, passou no processo seletivo. E como justificativa, fui informado de que não estava preparado para o cargo, apesar de fazer o que o outro não fazia e não fez depois. Sai de lá, a convite, para trabalhar num outro call center, do mesmo nível e concorrente. Não sei se posso chamar aquilo de nível, pois a desordem era geral e o lugar era pior do que eu imaginava. Cumprido o contrato de 3 meses, já estava trabalhando em outra empresa (para um colega) e percebi que seria mais util, além de fazer algo da minha área.
Além do mais, o meio em que me encontrava e as pessoas que me rodeavam, estavam numa sintonia muito diferente da minha. Não quero aqui, dizer que sou superior ou melhor que eles. Ao contrário, estou muito distante disso, mas é horrível quando você não tem com quem possa contar para nada e ainda por cima acumular conhecimentos que não tem com quem dividir.
Aliás, as pessoas que estão do meu lado, também.
Alguns planos foram por água abaixo. É horrível quando nossas expectativas se elevam e de repente... caem em ruína como um castelo de areia e tudo morre.
A família tem sido outra decepção, a medida que meu caráter está moldado para o certo (apesar de afirmar que ainda estou longe da perfeição) e assisto a atos decepcionantes para mim, como pessoa.
Em resumo: um namorado que mora longe, "amigos" para lá de amigos, uma família tão individualista que nem lembra a instituição ora citada entre outras coisas.
Poderia até entrar em detalhes sobre cada coisa que acontece, mas não estou certo de que tamanha exposição me faria bem. A quem tiver que interessar, exponho no momento certo, até porque, também estou cansado de monólogo.
Enfim, há algum tempo eu digo que não estou bem, estou "meio" deprimido e que estou muito aquém daquilo que sou como profissional, pessoa, amigo etc.
Vou trabalhar mais para sair dessa situação e voltar para o "mar" que é meu.
¿Beijos!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

#181 - Quem é racista aqui!?...

O humorista Danilo Gentili postou a seguinte piada no seu twitter:

"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?"

A ONG Afrobras se posicionou contra: "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda uma representação criminal", diz José Vicente, presidente da ONG. "Isso foi indevido, inoportuno, de mau gosto e desrespeitoso. Desrespeitou todos os negros brasileiros e também a democracia. Democracia é você agir com responsabilidade" , avalia Vicente.

Alguns minutos após escrever seu primeiro "twitter" sobre King Kong, Gentili se justificou no microblog:

"Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco? Na piada do King Kong, não disse a cor do jogador. Disse que a loira saiu com o cara porque é famoso. A cabeça de vocês é que têm preconceito. Se você me disser que é da raça negra, preciso dizer que você também é racista, pois, assim como os criadores de cachorros, acredita que somos separados por raças. E se acredita nisso vai ter que confessar que uma raça é melhor ou pior que a outra, pois, se todas as raças são iguais, então a divisão por raça é estúpida e desnecessária. Pra que perder tempo separando algo se no fundo dá tudo no mesmo? Quem propagou a ideia que "negro" é uma raça foram os escravagistas. Eles usaram isso como desculpa para vender os pretos como escravos: "Podemos tratá-los como animais, afinal eles são de uma outra raça que não é a nossa. Eles são da raça negra". Então quando vejo um cara dizendo que tem orgulho de ser da raça negra, eu juro que nem me passa pela cabeça chamá-lo de macaco, mas sim de burro. Falando em burro, cresci ouvindo que eu sou uma girafa. E também cresci chamando um dos meus melhores amigos de elefante. Já ouvi muita gente chamar loira caucasiana de burra, gay de veado e ruivo de salsicha, que nada mais é do que ser chamado de restos de porco e boi misturados. Mas se alguém chama um preto de macaco é crucificado. E isso pra mim não faz sentido. Qual o preconceito com o macaco? Imagina no zoológico como o macaco não deve se sentir triste quando ouve os outros animais comentando: - O macaco é o pior de todos. Quando um humano se xinga de burro ou elefante dão risada. Mas quando xingam de macaco vão presos. Ser macaco é uma coisa terrível. Graças a Deus não somos macacos. Prefiro ser chamado de macaco a ser chamado de girafa. Peça a um cientista que faça um teste de Q.I. com uma girafa e com um macaco. Veja quem tira a maior nota. Quando queremos muito ofender e atacar alguém, por motivos desconhecidos, não xingamos diretamente a pessoa, e sim a mãe dela. Posso afirmar aqui então que Darwin foi o maior racista da história por dizer que eu vim do macaco? Mas o que quero dizer é que na verdade não sei qual o problema em chamar um preto de preto. Esse é o nome da cor não é? Eu sou um ser humano da cor branca. O japonês da cor amarela. O índio da cor vermelha. O africano da cor preta. Se querem igualdade deveriam assumir o termo "preto" pois esse é o nome da cor. Não fica destoante isso: "Branco, Amarelo, Vermelho, Negro"?. O Darth Vader pra mim é negro. Mas o Bill Cosby, Richard Pryor e Eddie Murphy que inspiram meu trabalho, não. Mas se gostam tanto assim do termo negro, ok, eu uso, não vejo problemas. No fim das contas, é só uma palavra. E embora o dicionário seja um dos livros mais vendidos do mundo, penso que palavras não definem muitas coisas e sim atitudes. Digo isso porque a patrulha do politicamente correto é tão imbecil e superficial que tenho absoluta certeza que serei censurado se um dia escutarem eu dizer: "E aí seu PRETO, senta aqui e toma uma comigo!". Porém, se eu usar o tom correto e a postura certa ao dizer "Desculpe meu querido, mas já que é um afro-descendente, é melhor evitar sentar aqui. Mas eu arrumo uma outra mesa muito mais bonita pra você!" Sei que receberei elogios dessas mesmas pessoas; afinal eu usei os termos politicamente corretos e não a palavra "preto" ou "macaco", que são palavras tão horríveis. Os politicamente corretos acham que são como o Superman, o cara dotado de dons superiores, que vai defender os fracos, oprimidos e impotentes. E acredite: isso é racismo, pois transmite a ideia de superioridade que essas pessoas sentem de si em relação aos seus "defendidos" . Agora peço que não sejam racistas comigo, por favor. Não é só porque eu sou branco que eu escravizei um preto. Eu juro que nunca fiz nada parecido com isso, nem mesmo em pensamento. Não tenham esse preconceito comigo. Na verdade, sou ítalo-descendente. Italianos não escravizaram africanos no Brasil. Vieram pra cá e, assim como os pretos, trabalharam na lavoura. A diferença é que Escrava Isaura fez mais sucesso que Terra Nostra. Ok. O que acabei de dizer foi uma piada de mau gosto porque eu não disse nela como os pretos sofreram mais que os italianos. Ok. Eu sei que os negros sofreram mais que qualquer "raça" no Brasil. Foram chicoteados. Torturados. Foi algo tão desumano que só um ser humano seria capaz de fazer igual. Brancos caçaram "negros" como animais. Mas também os compraram de outros "negros". Sim. Ser dono de escravo nunca foi privilégio caucasiano, e sim da sociedade dominante. Na África, uma tribo vencedora escravizava a outra e as vendia para os brancos sujos. Lembra que eu disse que era ítalo-descendente? Então. Os italianos podem nunca ter escravizados os pretos, mas os romanos escravizaram os judeus. E eles já se vingaram de mim com juros e correção monetária, pois já fui escravo durante anos de um carnê das Casas Bahia. Se é engraçado piada de gay e gordo, por que não é a de preto? Porque foram escravos no passado hoje são café-com-leite no mundo do humor? É isso? Eu posso fazer a piada com gay só porque seus ancestrais nunca foram escravos? Pense bem, talvez o gay na infância também tenha sofrido abusos de alguém mais velho com o chicote. Se você acha que vai impor respeito me obrigando a usar o termo "negro" ou "afro-descendente" , tudo bem, eu posso fazer isso só pra agradar. Na minha cabeça, você será apenas preto e eu, branco, da mesma raça - a raça humana. E você nunca me verá por aí com uma camiseta escrita "100% humano", pois não tenho orgulho nenhum de ser dessa raça que discute coisas idiotas de uma forma superficial e discrimina o próprio irmão."

Danilo Gentili é humorista, se apresenta no programa CQC da emissora Bandeirantes e não é travesti.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

#180 - A Beleza não Basta.

Era uma vez...
Em 1907, Cavaliere Ugo Stella, um aristocrata de Milão e Alexandre Darracq, fabricante de carros francês fundaram a companhia "Darracq Italiana", que começou a produzir automóveis Darracq em Nápoles. Com o fim da parceria, Stella, com o financiamento de outros investidores italianos, moveu a linha de produção para uma fábrica desativada em Portello, subúrbio de Milão, mudando, na ocasião, o nome da empresa para ALFA - Anonima Lombarda Fabbrica Automobili. O primeiro carro produzido inteiramente pela companhia foi o modelo 24 HP de 1910, desenhado por Giuseppe Merosi (tendo este nome devido à potência gerada por seu motor). Posteriormente, Merosi participou do desenvolvimento de novos carros da ALFA, com motores mais potentes, de 40 a 60 hp. A ALFA também se aventurou nas competições automobilísticas, com os pilotos Franchini e Ronzoni participando da Targa Florio de 1911 pilotando modelos 24 HP. Entretanto, com o início da I Guerra Mundial, a produção ficou paralisada por 3 anos.

Nicola Romeo assumiu a direção da empresa em 1916 e converteu a empresa numa fábrica bélica para atender as necessidades da Itália e dos aliados durante a I Guerra Mundial. Munição, motores e peças para aviões, geradores e compressores baseados nos motores de carros anteriormente produzidos e até locomotivas foram produzidas pela ALFA durante a guerra. Com o fim da guerra, Nicola Romeo assumiu o controle total da empresa, e a fabricação de carros foi retomada em 1919. Em 1920 o nome da empresa foi alterado para Alfa Romeo, e o Torpedo de 20 a 30 HP foi o primeiro carro fabricado sob a nova marca. Giuseppe Merosi continuou como designer-chefe e a companhia continuou a produzir bons carros de rua e carros de corrida de sucesso (dentre eles o 40-60 HP e o RL Targa Florio).

Em 1923, o então piloto da equipe Alfa Romeo, Enzo Ferrari, convenceu Vittorio Jano a abandonar a FIAT e substituir Giuseppe Merosi na equipe de design da Alfa Romeo. O primeiro modelo concebido sob a supervisão de Jano foi o P2 Grand Prix, que deu à Alfa Romeo o título mundial de 1925. Para carros de rua, Jano desenvolveu uma série de motores pequenos e médios de 4, 6 e 8 cilindros em linha baseados no motor do P2 que estabeleceram a arquitetura de motores clássica da Alfa Romeo: Construção em liga-leve, câmaras de combustão hemisféricas, velas em posição central, duas válvulas em linha por cilindro e câmara de combustão dupla. Tal arquitetura provou-se durável e potente.

Em 1928 Nicola Romeo abandonou a empresa, quando esta foi à falência. Em 1933 a Alfa Romeo sofreu uma intervenção do Governo italiano, que passou a ter o controle da empresa. A Alfa Romeo passou a ser um instrumento da Itália de Mussolini, um Emblema Nacional.

Durante a II Guerra Mundial a fábrica da Alfa Romeo foi bombardeada e com muito custo voltou a ser rentável após a guerra. Parou de fabricar carros luxuosos, dedicando-se à produção em massa de carros populares.

Na década de 60 a Alfa Romeo tornou-se famosa por seus carros pequenos e modelos desenhados especialmente para a polícia italiana - "Pantere "e "Carabinieri"; dentre eles o glorioso "Giulia Super", ou o "2600 Sprint GT", que recebeu o apelido expressivo de "Inseguimento" (por ter sido confundido com o carro utilizado pelo famoso agente de polícia, e inigualável motorisa Armandino Spadafora na perseguição a ladrões por uma escada em 1960. Na verdade o carro utilizado era uma Ferrari 250 GT/E preta).

Na década de 70 a Alfa Romeo novamente entrou em crise financeira. O governo então privatizou a Alfa Romeo, passando o controle para a FIAT em 1986. Foi então criado um novo grupo empresarial - Alfa Lancia Spa - que se dedicou desde então à fabricação de carros Alfa Romeo e Lancia.

Antes de ser comprada pela FIAT, a Alfa Romeo sempre teve uma postura ousada no mercado, experimentando novas soluções nas pistas e utilizando-as na produção em série, mesmo com o risco de perdas comerciais. A Alfa Romeo sempre se caracterizou também pelo estilo controverso e pouco ortodoxo, que sempre levantaram discussões sobre estilo

Competição
A Alfa Romeo alcançou grande sucesso em diversas competições: Formula 1, Protótipos, Turismo e Super Turismo. Pilotos independentes também participaram com sucesso de outras provas, incluindo ralis.

Em 1923 Vittorio Jano, que veio da FIAT, começou a projetar motores que deram à Alfa Romeo sucesso nas pistas até o fim da década de 30. Quando o projeto começou a mostrar fraqueza, Jano foi demitido.

Na década de 30 Tazio Nuvolari venceu a Mille Miglia pilotando um 6C 1750, cruzando a linha de chegada após uma incrível ultrapassagem sobre Achille Varzi sem os faróis, no meio da noite.

O modelo 8C 2300 venceu as 24 horas de Le Mans de 1931 a 1934. A Alfa Romeo abandonou as competições em 1933, quando o Governo Italiano assumiu o controle da empresa. Surge então a Scuderia Ferrari, incialmente como o braço de competições da Alfa Romeo (Enzo Ferrari pilotou para a Alfa antes de assumir a chefia da equipe, e logo a seguir passa a produzir seus próprios carros). Em 1935 uma Alfa Romeo pilotada por Nuvolari vence o Grande Prêmio da Alemanha. Em 1938 Biondetti vence a Mille Miglia pilotando um 8C 2900B Corto Spyder, desde então apelidado de modelo "Mille Miglia".

Em 1950 Nino Farina venceu o Campeonato Mundial de Formula 1 pilotando uma Alfa Romeo 158 com compressor; em 1951 Juan Manuel Fangio venceu pilotando uma Alfetta 159 (uma evolução do modelo 158, com um compressor de dois estágios). Outros títulos foram vencidos em 1975 e 1977, enquanto a Alfa Romeo 33 dominava a categoria de Protótipos de 1967 a 1977.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

#179 - Feliz Aniversário, mané!

Obrigado a todos pelo imenso carinho!

Estava eu em minha humilde casa, muito feliz da vida curtindo a minha plena juventude, ouvindo Almir Guineto...


... quando populares

De Willian A. Tirapelli
invadiram meu lar e me sequestraram para dar aulas de etiqueta,

De Willian A. Tirapelli

as vésperas de meu 40º aniversário, numa churrascaria da Tijuca - Zona Norte do Rio de Janeiro. Como nota para a tal - Espeto & Brasa, dou ***. Aos amigos... vai a amizade mesmo.

Agradeço a todos, cada momento especial e carinhoso proporcionado a este jovem futuro ancião.

Espero poder reunir a maioria, senão todos num grande evento de união, paz e pagode de boa qualidade.

¿Beijos e Abraços!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

#178 - Momento Chico Xavier (parte 1)

Sei que já se passou o aniversário de 08 anos de falecimento desse grande ser humano, mas não podemos negar que sua influência como pessoa, independente do espiritismo, foi de grande importância para todos nós. E para aproveitar a fase de busca ao "equilíbrio distante" em que estou inserido, postarei por algum tempo algumas de suas célebres frases, para reflexão de quem for ler. Em breve, voltarei com novos textos e com muito mais ânimo para ler e comentar.
¿Boa Leitura!



"Não cobres tributos de gratidão."

"A desilusão de agora será benção depois."

"Não sou autor de nenhuma dessas obras."

"Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem."

"A vida, como a fizeres, estará, contigo em qualquer parte."

"Plante amor e paz e a vida lhe trará colheita de paz e amor."

"Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser."

"Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem."

(Francisco Cândido Xavier - 1910/ 2002)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

#177 - Ela está DES...

Despreparada para uma velhice saudável, desrespeitosa quanto as convênções impostas pelo mundo, a fim de que haja o mínimo de serenidade e respeito ao próximo, desmotivada após o falecimento de seu segundo marido, mas sem olhar para si e procurar encontrar e corrigir seus erros, desiquilibrada e recomendando psiquiátras para todos em sua volta, desapego, quando ingere mais de 40 cigarros ao dia, sem permitir ao menos que os outros a ajudem. Aliás, por mais vezes que tenha freqüentado a emergência do hospital, nada a conscientiza de que deve cuidar de sua saúde.
Além desta quantidade de "des", a falta de respeito por si só não tem limites e invade uma área restrita e poucas vezes convidada, que é a vida alheia, principalmente a minha.
Infelizmente, minha mãe entrou nesse mundo do "des" e se eu não for forte o suficiente, vou acabar entrando no mundo dela. Não sei até que ponto estou deixando-me influenciar, mas confesso que há muito não estou bem, não só por influência dela, mas de outras personalidades também. Aliás... de quem é a culpa? Cheguei a conclusão (sim, cheguei a esta conclusão agora mesmo), que a culpa é minha. Tenho que fechar-me ao "des" alheios, eliminar os meus e buscar a paz interior e serenidade, que tanto almejo. Estou perto dos 37, deixei meu blog no tempo, pegando poeira e agora pretendo retomar o posto de editor, não só publicando, mas visitando outros blogueiros, comentando seus textos e fazendo amizades.
Mas antes dos novos textos "¿Controversy!", um período para reflexão interior e paz em todos os corações.

"Em qualquer dificuldade, não nos esqueçamos da oração... Elevamos o pensamento a Deus, procurando sintonia com os Espíritos bons."
(Chico Xavier)

terça-feira, 1 de junho de 2010

#176 - Bem Vindos ao Colheita Feliz!


"O Colheita Feliz é um jogo super viciante. Monte sua fazenda, plante e colha, crie animais e decore seu ambiente. Além de ter uma fazenda de verdade, pode invadir a fazenda de seus amigos para roubar frutos ou ajudá-los a manter a plantação livre de pestes e pragas. Você poderá comprar novas terras, aumentar sua plantação e muito mais!"

De fato, quem criou ou se inspirou no jogo FarmVille do Facebook (conhecido como Mini Fazenda, no Orkut), acertou em cheio no objetivo de trazer entreterimento e ganho ao mesmo tempo. Desde que comecei a jogar, achei interessante a interface simples, porém com cores vivas e um grafismo muito bom.

O jogo em si conseguiu atrair muita gente (o que obrigou trocarem os servidores por mais poderosos) por uma série de fatores. A possibilidade de interação com o "vizinho" anima, pois podemos ver a fazenda alheia, ajudar a limpa-la e até "roubar" algumas colheitas, escapando da mordida do cachorro, nem sempre atento. Sempre brinco com as pessoas, dizendo que o que as atrai é a possibilidade de "roubar" o próximo, mas na verdade a interação do jogo com outros usuários e o fato de você plantar e saber em quanto tempo a colheita dará frutos, deixou o jogo mais interessante do que o "concorrente" FarmVille do Facebook. A questão da interatividade é tão grande que algumas pessoas, aonde eu trabalho por exemplo, discutem durante o dia a respeito da Colheita Feliz, dos "roubos", das estratégias etc.

E por falar em estratégia, se parar para analisar o jogo em si, ele é um jogo de estratégia, aonde o jogador dispõe de recursos para driblar os eventuais ataques dos vizinhos e também de atacá-los. E é divertido, pela ambietalização da fazenda, dos animais, da decoração da casa etc. E é nessa interatividade é que está o "pulo do gato". Quem bolou o jogo o fez tão bem feito que as pessoas gostaram e para alguns recursos, como adquirir terras, por exemplo, não basta passar de nível e ter moedas amarelas. Há de ter também as moedas verdes, que propositalmente são pagas. E 10 moedas por R$ 2,00 (a cédula de menor valor) e daí por diante, não fará falta para a maioria das pessoas, que compram o serviço.

E de R$ 2,00 em R$ 2,00, milhões de pessoas compram e levam rentabilidade para a empresa. Além do mais, o jogo mudou a rotina de muitas pessoas, que passaram a acordar de madrugada somente para "roubar" os outros e trouxe a tona uma análise interessante quanto a personalidade de cada indivíduo, pela forma que ele age. Portanto, cuidado com ages, pois a Colheita Feliz é ótimo para mostrar qualidades e defeitos.

¿Beijos!

domingo, 9 de maio de 2010

#175 - Mania ou Cleptomania

Todos temos manias, algumas tão imperceptíveis para nós que até se tornam hábitos. Outras manias, de tão difundidas, chegam a ser regionais. Algumas dessas manias, vem fundamentadas na criação e hábito dessas pessoas, além de influências, principalmente religiosas e outras que são passadas de geração a geração.
A minha mania é o de colecionar. Ao que me lembre, desde pequeno tenho hábito de colecionar. Já colecionei gibis do Batman, moedas, cédulas, álbuns de figurinhas, caixinhas de fósforos, embalagens etc. Hoje, só tenho os selos, dvds, cds, copos que ganho de brinde e carrinhos.
O detalhe é que há um grande abismo entre mania e cleptomania e temos que ter o máximo de cuidado para identificar as pessoas que têm esse problema para tratamento médico/ psicológico adeqüado.
Abaixo, seguem algumas explicações sobre o assunto.

O que é?
A Cleptomania caracteriza-se pela recorrência de impulsos para roubar objetos que são desnecessários para o uso pessoal ou sem valor monetário. Esses impulsos são mais fortes do que a capacidade de controle da pessoa, quando a idéia de roubar não é acompanhada do ato de roubar não se pode fazer o diagnóstico. Devemos estar alerta para ladrões querendo passar-se por cleptomaníacos. Dinheiro, jóias e outros objetos de valor dificilmente são levados por cleptomaníacos, ainda menos se os impulsos são em sua maioria para objetos de valor, se alguma vez a pessoa leva um objeto valioso, sendo na maioria coisas inúteis, pode-se admitir o diagnóstico, caso contrário, não. Acompanhando o forte impulso e a realização do roubo, vem um enorme prazer em ter furtado o objeto cobiçado. Numa ação de roubo, o ladrão não experimenta nenhum prazer, mas tensão apenas e posterirmente satisfação, não faz isso por prazer.
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Como é o paciente com cleptomania?
Aparentemente o cleptomaníaco é completamente normal não há um traço identificável fora do descontrole em si mesmo, ou seja, não é possível identificar o cleptomaníaco antes dele adquirir objetos. Após o roubo o paciente reconhece o erro de seu gesto, não consegue entender porque fez nem porque não conseguiu evitar, fica envergonhado e esconde isso de todos. Essas características se assemelham muito ao transtorno obsessivo compulsivo, por isso está sendo estudada como uma possível variante desse transtorno, assim como quanto à bulimia também, por se tratar de um impulso (por definição incontrolável) que leva o paciente a sentir-se culpado e envegonhado depois de ter comido demais.
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Qual o curso dessa patologia?
A cleptomania geralmente começa no fim da adolescência e continua por vários anos, é considerada atualmente uma doença crônica e seu curso ao longo da vida é desconhecido, ou seja, não se sabe se ocorre remissão espontânea. Geralmente a cleptomania é identificada nas mulheres em torno dos 35 anos e nos homens em torno dos 50.

Portanto, quando vieram aqui em casa, não estranhem se, na saída, tiver revista e aparelhos de raio X.
¿Beijos!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

#174 - Auto-afirmação: necessidade ou complexo?

Auto-afirmação é o ato de um indivíduo tomar atitudes que só sirvam para ressaltar ou enfatizar o seu ego, autoridade ou personalidade.
Percebo que muita gente que se auto-afirma e faz de um todo para aparecer, tem no fundo um certo complexo de si mesmo. Complexo por não ser bonito, inteligente, por sentir-se rejeitado etc.
Tenho lá meus complexos, frustrações e outros sentimentos que nos levam a ficar com a auto-estima nas profundidades da camada pré-sal de petróleo, no entanto, nunca ousei ou usei de uma alto-afirmação para com outras pessoas para compensar minhas questões mal resolvidas. Aliás, busco a solução em mim mesmo e não nos outros.
Conheço muitas pessoas com essa característica e até mesmo familiares assim. O porque das pessoas serem assim tem a ver com a criação, educação, princípios adquiridos e incentivos recebidos ou não. Não quero classificá-la como a melhor religião que tenha encontrado, mas é a única em que foge dos padrões bíblicos e da questão de castigar aqueles que não seguem os escritos e por trazer mensagens de conscientização e moral, mostrando que o caminho a ser seguido é complexo, tamanha simplicidade que pede.
Abaixo, segue um texto que não fala de auto-afirmação, mas sim das qualidades que precisamos ter e para que elas servem.

É Razoável Pensar Nisto

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer.
É amparo destinado aos obstáculos.

A serenidade não é jardim para os seus dias dourados.
É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.

A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis.
É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.

A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem.
É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.

A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio.
É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.

A confiança não é um néctar para as suas noites de prata.
É refúgio certo para as ocasiões de tormenta.

O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil.
É manancial de forças para os seus dias de luta.

A resistência não é adorno verbalista.
É sustento de sua fé.

A esperança não é genuflexório de simples contemplação.
É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.

Virtude não é flor ornamental.
É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Rio de Janeiro, RJ: FEB.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

#173 - Crentes... deixem-me em paz.

Uma publicação da Revista Época sobre perspectivas do país daqui a 20 anos deixou-me perplexo em algumas conclusões. Uma delas foi a de que metade da população será de evangélicos. Sinto muito, mas foi a pior notícia que recebi. A maioria dos que conheço são completamente "bitolados". O único livro que aceitam é a bíblia evangélica e revistas direcionadas para eles próprios e seus pastores. Por esse motivo, a ignorância a respeito de tudo que esteja além das fronteiras da igreja. Outra coisa que não gosto é o fato deles discriminarem todos e por sua vez a cultura e o folclore popular.
Certa vez, uma colega de trabalho fez um comentário sobre as Festas de São João: "ainda bem que um dia, isso vai acabar" num tom meio agressivo. Em outra ocasião, quando estava procurando imóvel para alugar, com a minha mãe, as proprietárias do mesmo, ao saberem que a candidata à locação (minha mãe) conhecia uma pessoa ligada a macumba (não sei a diferença entre Candomblé e Ubanda), trataram de dispensá-la, dizendo que haviam muitas pessoas interessadas e que deveria aguardar. Que enfiassem o imóvel na bunda, pois tinha infiltração, uma escadaria enorme, não tinha campainha, era um horror.
Quanto a questão religiosa, nem preciso comentar, pois o desrespeito com qualquer outro que não seja a deles é um absurdo.
Perdoem-me, mas ignorância e intolerância são duas coisas que não admito e não caminham comigo.
¿Abraços!
PS.: Não discrimino quaisquer pessoas, por suas particularidades, mas sim pelo seu caráter.

terça-feira, 30 de março de 2010

#172 - Micos que me perseguem.

Sou uma pessoa do signo de câncer, e de muita sorte. Tanta sorte que tenho mico para pagar a todo momento. Numa apresentação para o pessoal da Seleções Reader's Digest foi pedido que cada um comentasse o seu "mico". Como não era o primeiro a comentar, enquanto ouvia os micos anteriores, fui lembrando e listando todas as situações que passei e pensando na melhor.
* A primeira situação foi numa festa de um conhecido meu, que não o via há algum tempo e resolvi levar minha ex-namorada para o evento. Chegando no local, fui recepcionado por alguém e chamei a atenção do mesmo por não ter sido recepcionado pelo dono da festa. De repente, segui o receptor e perguntei: "é você mesmo, Guido?".
* Estava na praia, com um grupo de conhecidos de uma amiga, quando cismei de reclinar a cadeira para cima... o problema dessas cadeiras, é que elas não tem limitadores e quando se faz muita força para recliná-las, a cadeira se fecha. Foi o que aconteceu comigo: fui, literalmente, engolido pela cadeira e fiquei igual a uma tartaruga, enquanto todos riam a minha volta.
* Sempre fui fã do GPS - Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global, que permite o usuário saber o local exato aonde se encontra, com auxilio de um mapa. Digo isso porque sou o "Ás" em perder-me pelas ruas de minha cidade (e porque não dizer das outras também) por conta de meu "faro" e chegar em favelas que jamais sonharia pisar um dia.
* Outra característica minha é o da atenção. Sempre tive bastante, mas ela nunca esteve comigo... Estava eu, com meu namorado, na Barra da Tijuca - Rio de Janeiro, quando eu comentei com ele que nossa viagem de retorno à minha casa seria feito numa linha que passaria pela orla do dito bairro. Entretanto, as linhas 233 e 234 compartilham o mesmo "ponto final" e deixei-o em alerta para pegarmos o 233. Eis que para o 234 na nossa frente com ar-condicionado e quando todos os passageiros começaram a embarcar, peguei nas mãos de meu namorado e embarquei também.
* Trabalhava no Banco Itaú, nessa época e fui ser testemunha de uma ex-colega de trabalho, na empresa anterior ao banco. Passando pela Lapa, em frente a Sala Cecília Meireles, para ser mais exato, vários mendigos abrigavam-se da chuva quando involuntariamente pensei: "o sindicato dos mendigos está aberto hoje". Foi quando, em frente ao Restaurante Ernesto (um lugar que costumava freqüentar), escorreguei numa poça d'água e cai, sujando minha roupa social toda. Comprei roupas novas na Mesbla e troquei-as no trabalho, quando depois de muito tempo, a CONEG Nilcéia me alertou sobre a etiqueta que estava em toda a perna da calça nova, comprada. Paguei pela minha língua ou meus pensamentos...
* Na época do surgimento do Windows 3.11, trabalhava num escritório de contabilidade e administração, aonde o dono ligava todos os dias, em certo horário, pedindo informações de tudo que estava acontecendo. Eis que liga um cliente, e por reconhecer a voz do chefe, começo a passar todas as informações para ele, até que depois de muito tempo, o mesmo agradece-me pela presteza e diz não se tratar de quem eu achava quem fosse.
* Estava em Carapebus, na casa de praia com parentes quando o marido de minha prima resolve pescar. Minha prima, atenciosa esposa que é, pede que eu leve algumas latinhas de cerveja para ele e me dá as chaves do carro. Resolvo ir pela estrada de areia, até que, um moleque que me acompanhava, resolve sair do carro repentinamente deixando-me "cabreiro" com uma poça d'água que havia a frente. Como não conhecia nada por ali, resolvi dar ré no carro, acelerar e "cortar" pelo mato alto que beirava a estrada. Até que... o carro afundou no brejo e ficou pela metade, debaixo d'água. Passava um grupo de pescadores, quando balancei um lenço e pedi: "podem ajudar-me, porque eu acho que o carro atolou..."
* Catchup na pizza, muita gente gosta. Mas, quando se vira a bisnaga aberta, o desastre é total.
* Sempre demorei a gravar o nome das pessoas, mas confundí-las na rua é comigo. Certa vez, estava no metrô e avistei um camarada na outra extremidade do vagão. Fui ao seu encontro, afim de cumprimentar velho conhecido meu, quando... não era quem eu esperava. E vai a pergunta clássica: "você não é irmão de fulano". Também aconteceu no ônibus, quando bati nas costas de um cara, achando tratar-se de um vizinho, que chamava de "Roberto Carlos" pela longa cabeleira... As faces ficaram rubras de vergonha e só não desembarquei da condução porque estava atrasado para o trabalho.
* A pressa é inimiga da perfeição e se Deus nos criou com os dois olhos na cara, para olharmos para frente, devemos aceitar essa condição com atenção. Num desvio de olhar, no Largo da Carioca, para uma linda mulher, acabei "beijando" um dos postes de luz que lá se encontra. E na saída da filatélica, a porta do elevador ficava de frente para a porta de vidro, da portaria. Não reparei que a mesma estava fechada e por pouco não quebro o meu nariz com a porrada que dei no vidro.
* E quando a distração toma conta da pessoa, que aperta o botão do elevador para determinado andar, quando na verdade o andar desejado é o mesmo em que a pessoa se encontra?
¿Beijos!

sábado, 20 de março de 2010

#171 - Pau que nasce torto...

... mija fora da bacia, já diziam os "Mamonas Assassinas". E o fato é uma realidade, colocado a prova numa semana, que passei com minha mãe, por conta do falecimento de seu companheiro (depois de 15 anos de convivência). Nesse convívio, pude perceber que não há nada nesse mundo que faça uma pessoa mudar suas atitudes para melhor ou abstrair as que prejudique a si próprio. Num esforço de tentar "normalizar" a situação, fiquei em sua casa por uns dias, dormi por lá e a ajudei a tirar os objetos pessoais do falecido. Não preciso dizer que tudo era motivo de choro, obviamente. Mas, diz o velho ditado "o show tem que continuar", porque o mundo não para. Nessa limpeza, percebi que o hábito da desorganização generalizada ainda prevalece com a minha amada mãezinha e que o falecido também o tinha, além de outro um pouco mais agravante: o de ter tudo múltiplas vezes. Resumindo: estive numa casa aonde encontrava de tudo em todos os cantos e várias vezes, o mesmo objeto. Com o objetivo de tentar colocar ordem na casa, providenciei caixas e pedi que minha mãe pusesse coisas afins num único lugar (ex.: remédios num único lugar para que pudesse encontrá-los à frente) e também para preparar-se para a mudança que ocorreu logo em seguida. Além de não ter avançado muito no meu intuito, ainda tive que presenciar minha irmã pouco disposta a ajudar.
Aliás, ajudou sim. "Convidou" minha mãe para a viagem com ela até Fortaleza, mas quando o proprietário do apartamento anunciou o desejo de ter o imóvel em um período pouco maior que 20 dias após o falecimento, o convite foi por água abaixo. No entanto, nas conversas seguintes, comentou-se no fato de que achar um imóvel nas condições que ela precisava levaria mais do que 30 dias e chegou-se a conclusão de que o proprietário deveria esperar. Diante dessa nova perspectiva, comentei sobre a viagem com a minha irmã e imediatamente ela deixou a responsabilidade em cima da minha mãe, comentando que ela iria se a mesma comentasse. Comentário esse que ela (ciente do fato) não ouviria. Além do mais, não ajudou sequer a procurar algum imóvel no primeiro fim de semana, sob diversas alegações e postergando a responsabilidade de ajudá-la para depois das férias. Cachorros fazem cachorrada e essa foi mais uma. Voltei para casa, pois precisava ficar ao menos o fim de semana só para descançar, pois é difícil lidar com alguém que não se auxilia para minimizar o trabalho alheio.
¿Abraços!

quarta-feira, 10 de março de 2010

#170 - Fazer o bem, sem olhar a quem.

Vovó já dizia, há muito tempo "fazer o bem, sem olhar a quem" e essa ilustre frase tornou parte de meu cotidiano. Não quero dizer que eu sou a melhor pessoa do mundo e muito menos que esteja fazendo bem "a torto e direito". Infelizmente, ainda tenho muito que melhorar nesse aspecto, até porque o "bem" devemos construir a partir do próprio lar, mas procuro fazer o melhor. Muito se diz em fazer o bem, principalmente no âmbito religioso, aonde o objetivo maior é enaltecer a alguim Deus, segundo os fiéis. No entanto, psicólogos, neurologistas e epidemiologistas estão afirmando que agora está cientificamente provado: ajudar o próximo traz benefícios para a saúde de quem ajuda.
Fazer o bem é bom para o coração, o sistema nervoso, o sistema imunológico, aumenta a expectativa de vida e a vitalidade de um modo geral.
Não quero aqui, dizer que "fazer o bem pensando em Deus" não seja bom. A questão é que muita gente esquece que devemos fazer bem ao próximo, pensando no bem estar do próximo. Como disse anteriormente, tento fazer, mas é complicado quando temos a missão de resgatar valores dentro de nossa casa e ter que conviver com o stress diário.
Confesso que poderia fazer muito mais do que já fiz ou estou fazendo. Lembro-me de quantas vezes elevei o "moral" de muita gente, que estava em baixa e hoje estão bem, atingindo seus objetivos e dando um salto de qualidade em suas vidas. Com o pouco que fiz, consegui poucas e boas amizades, nada de exuberante, um bom namorado e algumas pessoas que têm algum respeito por mim. Talvez seja muito pelo que tenho feito, mas ainda não é o suficiente para mim.
Lembrei-me então de ter visto uma entrevista com Selton Mello, no Programa do Jô, aonde ele pensa em fazer um filme aonde mostra a estória do palhaço, que faz as pessoas se alegrarem mas não tem que o faça rir. É mais ou menos a minha situação hoje... Procuro estender as mãos a quem precisa mas ainda não encontrei quem, realmente, se preocupe de fato comigo e esteja disposto a estender a mão.
Talvez, esquecendo desse propósito (da retribuição), eu consiga alcançar meu objetivo, como sabiamente prega o espiritismo e também São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Francisco Cândido Xavier entre tantos outros.

Oração de São Francisco de Assis
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

¿Beijos!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

#169 - Sem educação, não há desenvolvimento.

No período que trabalhei no atendimento da Universidade Estácio de Sá, fiquei impressionado com a quantidade de gente querendo ingressar na faculdade sem noção alguma do que iria encontrar. Tenho inúmeras histórias para contar, como dos pais que ligam para obter informações para os filhos (geralmente numa situação de "desconforto", ao meu ver, do lado do telefone), decidindo sobre o curso que o filho fará etc.; namoradas ligando no mesmo intuíto e pessoas indecisas entre os cursos de Administração, Direito, Educação Física ou Pedagogia, gente perguntando se Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho eram os mesmos cursos e até uma infeliz (enfermeira) perguntando o que ela seria ao final do curso de Medicina e gente sendo reprovada numa redação, cuja nota mínima para se passar é 3,0. Infelizmente, essa é a realidade de nosso país.
Sem educação e cultura, não há senso crítico e muito menos criatividade e sem criatividade, não há novas idéias e evolução, não há bons serviços e com isso não há desenvolvimento.
E essa conclusão pode ser conferida nos camelôs, que vendem seus produtos a esmo e não têm a menor importância com qualidade, atendimento e são poucos que usam a criatividade para atrair um maior número de fregueses e com isso melhorar sua situação.
Também têm os motoristas de taxi, que são rudes e não usam artifícios para fidelizar e aumentar a clientela e assim suas rendas.
O mesmo digo das pessoas que não têm respeitam as outras pessoas, as sinalizações e acham que podem fazer tudo e que suas interferências não interessam a ninguém. Aí entram os religiosos fanáticos, que vivem trancafiados em seus templos, dominados por pastores corruptos e sem caráter, que insentivam seus fiéis à uma verdadeira guerra civil, além de tomarem o pouco dinheiro daqueles que crêem.
Como mostrado, a ignorância não traz benefícios, além de travar por completo o desenvolvimento do ser humano e consequentemente da região em que moram e por fim do país.
Enquanto acharem que o povo deve viver com esmolas ao invés de trabalho e que a educação deve ser imposta ou ao invés de ser cultivada, seremos sempre um país em "desenvolvimento". Portanto, prestemos mais atenção àqueles que elegemos e mais ainda, ajudemos aos mais próximos no que diz respeito à importância da leitura, educação e cultura.
¿Beijos!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

#168 - Ultrapasse seu limite.

É certo que as pessoas são individuais e cada um vive com características próprias.
Tenho consciência disso e confesso que a religião espírita tem ajudado-me com essa questão, aliás, esta é uma religião que prega valores morais, princípios e respeito ao próximo, como pregou nosso Amigo, Irmão e Mentor, Jesus Cristo. Assim como sou consciente das diferenças alheias, das percepções e das suas qualidades e defeitos, também tenho consciência dos meus defeitos e qualidades.
Pelo que ouvi dizer e que tenho percebido durante minha existência, os semelhantes se atraem e não os opostos, como acreditam. Basta, para isso, analisar o dito popular "quem com porcos dorme, farelo come". Gosto da convivência com outras pessoas, de trocar idéias, discutir notícias, atualidades etc. Meu conhecimento a respeito do mundo e das coisas é amplo e nem por isso sou uma enciclopédia ambulante. Por esse motivo, vez ou outra estou comprando livros, revistas, filmes, lendo e aprendendo um pouco na internet, assuntos além da minha área (administração). A conseqüência disso é um acumulo de conhecimento e um estado tal qual uma panela de pressão cheia.
Digo isso porque sinto falta de pessoas para torcar conhecimentos. Sem desgostar de nenhum de meus amigos, estou cansado de conviver com tanta limitação. Enquanto isso, sou chamado para eventos específicos, aonda não há outro assunto senão o da própria vida, ou então vídeo-game o dia inteiro ou algum filme do gênero "besteirol" e cerveja (seja lá qual for). Cansei! Espero que meus próximo fim de semana seja o "fim de semana solitário", aonde nem telefone fixo, celular ou internet estarão ao meu dispôr.
Se até Jesus se afastava vez ou outra se afastava de seus súditos, para refletir isoladamente. É hora de eu fazer isso, antes de mandar alguém tomar no cu.
¿Até!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

#167 - Quarentonas rejuvenescidas.

Caxias do Sul-RS, Concórdia-SC, Carlos Barbosa-RJ, Porto Alegre-RS, São Paulo-SP, Marília-SP, Rio de Janeiro-RJ, Curitiba-PR, Videira-SC... O que essas cidades têm em comum?
Todas são sedes de empresas nacioanais que hoje estão presentes em países como Alemanha, Honduras, Dubai, Rússia, México, Portugal, Índia, Colômbia, Argentina, África do Sul, Canadá, Chile, Espanha, Angola, Suíça, Moçambique, Coréia do Sul, Guiné, Inglaterra, Noruega, Autrália, Indonésia, Cingapura, Mongólia, Colômbia, Paraguai, Peru, Japão, EUA, Arábia Saudita, Uruguai, Cabo Verde, Fraça, Bolívia etc. mostrando nossa marca "verde e amarela".
Marcopolo, Tramontina, Itaú, Bobs, Vale do Rio Doce, Embraer, Petrobrás, O Boticário, Natura, Sadia/ Perdigão (Brasil Foods) estão presentes nesses e em tantos outros países, algumas com mais de 50 anos.
Elas e tantas outras empresas nacionais, hoje, estão com fôlego para competir por igual com as "grandes" internacionais. Aliás, elas ficaram grandes e com isso apareceram os "problemas" no que diz respeito a centralização, enxugamento de processos, demissões, concorrência etc. Podemos enxergar essa grande expansão de várias formas. Lógico que tudo tem um preço e, infelizmente, não podemos ignorar o mundo que nos cerca. Há anos ouvíamos dizer que os produtos brasileiros eram inferiores e os importados eram baratos e melhores. Pura verdade até o momento em que o então presidente Fernando Collor abriu o mercado e "mexeu" com as empresas que viviam de "aplicações financeiras", forçou a melhora nos produtos, a reestruturação do processo e vemos hoje as sandálias Havaianas sendo vendidas em mais de 80 países do mundo, usadas por artistas conhecidos.
Enfim, deixamos o patamar de um país meramente consumidor para um país exportador e a procura de outros mercados. Não fossem as privatizações da Vale do Rio Doce, Embraer, participação privada na Petrobrás, as grandes fusões como as da Antarctica e Brahma, Itaú e Unibanco, Sadia e Perdigão, não teríamos empresas entre as maiores e mais competitivas. Lógico que esse não é o fator determinante para estar presente em outros países, mas ajuda e fortalece o país num todo. Há quem faça críticas ao sistema financeiro. Para quem não sabe, o nosso é considerado como um dos mais desenvolvidos do mundo e atrás desse desenvolvimento, temos uma empresa 100% nacional que exporta tecnologia - Itautec. Além do melhor sistema financeiro do mundo, não podemos esquecer da eleição, uma das mais rápidas, senão a mais rápida do planeta. Que nossas empresas continuem crescendo e se expandindo e que a educação seja o foco para que nosso país se desenvolva cada vez mais.
¿Beijos!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

#166 - Estou de luto.

Luto: s.m. Sentimento de pesar pela morte de alguém; crepe ou traje preto, que se usa em sinal de dor ou pesar pela morte de parente; mágoa, tristeza; dor. (Do latim "luctu"). Ainda assim, acho engraçado quando vejo as pessoas no Orkut dizendo estarem de "luto" e paralelamente expõem fotos em que participam de festas e farras como se nada houvesse acontecido. Está certo que cada pessoa tem uma reação, mas a questão é que estão alterando o significado das palavras de uma forma bizarra.
Já vi no Orkut pessoas que se dizem de luto por gente que jamais viram e pessoas que colocaram status de luto e lá se mantêm até hoje.
A falta de leitura e um dicionário em casa fazem com que as pessoas digam coisas sem sequer ter noção do que falam ou escrevem e com isso agem com tolos. Estou de luto é só um exemplo das barbaridades que crianças e adolescentes escrevem nos sites de relacionamento. "Moleque piranha" ou "prostituto" são outros exemplos não muito raros de se encontrar. Alguns termos, até então vulgares, tornaram-se usuais e até aceitáveis, como "minha cachorra" etc. Está mais do que provado de que a ignorância não tem limites e se assim continuar, quem vai ficar de luto será a Língua Portuguesa.
¿Beijos!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

#165 - Mê dá um aí!

Já foi-se o tempo em que as pessoas se contentavam em pedir algo emprestado para devolver em tempo oportuno e previamente estabelecido. Há tempo venho comentando que os "valores morais" estão sendo invertidos e não digo a toa. Como exemplo, sito o local aonde trabalhei (call center), aonde ninguém poderia aparecer com nada além da própria roupa para que não fosse aliciado. Desde balas até o crédito do celular, tudo era pedido. A coisa chegou a um ponto tal, que as pessoas (com muita cara de pau) gritavam pelo call center a procura de um celular com crédito ou bônus de operadora específica para fazerem ligação. A mesma coisa acontecia com quem levava algum lanche. Sempre apareciam algumas pessoas pedindo que dividisse a refeição.
Ao comentar tal fato com uma amiga, ela disse ter adotado uma maneira "sutil" de evitar esse tipo de abordagem: "trabalhamos na mesma empresa e recebemos o mesmo salário, portanto, organize-se".
Está certo que existem pessoas com despesas maiores do que as outras, mas não justifica o ato de pedir tudo que se vê pela frente, achando que as pessoas têm obrigação de ajudar. A falta de controle orçamentário faz com que muitos cheguem ao final da primeira quinzena ou mesmo antes de completar a primeira semana sem um tostão. As pessoas deveriam parar para fazer "sacrifícios" cortar despesas extras, pensar em alternativas, enfim, evitar ao máximo de ter o salário consumido no início do mês. Parte da culpa pelas pessoas serem assim está, também, no governo que cria o assistencialismo em excesso, ao invés de orientar e dar condições necessárias para que as pessoas produzam e se desenvolvam.
¿Até!

sábado, 9 de janeiro de 2010

#164 - Pirataria. Estou fora!

A moda do momento é ouvir músicas e assistir filmes em formato compactado, em aparelhinhos do tamanho de um celular. Até então, não vejo nada de errado com isso, entretanto, acho um verdadeiro absurdo o que muitos vem fazendo: baixar filmes e álbuns inteiros de músicas através da internet, sem gastar um tostão sequer, alguns antes mesmo de serem lançados.
Além do desrespeito à toda classe artística, equipes fonográficas e cinematográficas e apoios, a pirataria também trás influência na questão financeira. Os que apoiam a pirataria, não devem conhecer os bastidores que originam cada filme e muito menos prezam pela qualidade da imagem e do som.
Pela falta de princípios e até mesmo interesse, muitas pessoas deixam de saber o quão custoso é fazer um filme, só de olhar o trabalho que a equipe tem. Infelizmente, a pirataria não está só na produção de filmes, mas também dos dvd's de shows, cd's musicais e até de softwares. Não só os criadores perdem com isso, mas também o próprio povo, que dá uma brecha para o governo alegar que não diminui impostos por conta da sonegação com esse tipo de crime, por mais que saibamos que é um pretexto para não baixarem a carga tributária.
Além da questão ética, moral e de qualidade do material, tem a questão relacionada aos players. Assim como o cartucho recondicionado, de tinta de impressora, que diminui a vida útil da mesma, o mesmo acontece com os dvd's players. Conheço algumas pessoas que tiveram seus aparelhos estragados por uso de dvd's piratas. Em um dos casos, o aparelho não permite que certas funções de dvd original sejam ativadas, como legendas, por exemplo. Não é por falta de conselhos e não vou ficar gastando meu "latim" para convencê-los do contrário.
Não quer dizer que eu seja de um todo puro e santificado. Já baixei sim, muitas músicas pela internet, mas pelo fato de sempre buscar músicas específicas e muitas vezes só encontrada junto com outras que não me interessam. E quanto a filme, só tenho "Super Máquina" da 3ª a 5ª temporadas, que não foram lançadas no Brasil (tenho a 1ª e 2ª temporadas original) e "Buffy - A Caça Vampiros" com a 6ª e 7ª temporadas (também tenho da 1ª a 5ª temporada originais). Entretanto, tão logo lancem os devidos boxes, com certeza irei comprá-los. O que nos falta é um sistema que permita o usuário adquirir filmes ou músicas de boa qualidade através do sistema "on demand". Com certeza, seria mais lucrativo para todos.
¿Beijos!