domingo, 25 de janeiro de 2004

#15 – SOS Língua Brasileira

Essa é a cara que fico quando ouço meu chefe falando comigo ou quando leio a maioria dos blogs na internet.
:-S
Sob esse ponto de vista, sou chato mesmo e reclamo com todo mundo (eu disse: TODO MUNDO!) pela maneira que vêem escrevendo na internet. As pessoas não estão preocupando-se com a coisa mais elementar na língua portuguesa, que é o escrever corretamente... e observem que não estou sequer comentando sobre concordâncias nominal e verbal (coisa que o imbecil do meu chefe não estudou depois de ter feito 4 faculdades e um MBA). Gente... está comprovado e vocês são as maiores testemunhas disso. Aos blogueiros de plantão, gostaria de saber para os que têm o hábito de escrever à mão, quantas vezes trocaram "você" por "vc" e "não" por "naum" e outras barbaridades mais. A situação piora aos que sequer têm o hábito de escrever à mão, como foi no meu caso, em que quase esqueci como se pegava numa caneta... É mole uma coisa dessas?!... Um dias desses, eu li um blog que me deixou simplesmente arrepiado (e olha que nem tenho tanto cabelo para isso!). O camarada abusou do erro de ortografia, chegando a deixar-me horrorizado com a falta de prudência na hora de escrever. Um conhecido meu disse que era coisa de internet e que ele não se preocupava com isso. Crianças! Eu os peço encarecidamente para reverem essa postura diante da internet, pois estão carregando consigo o terrível hábito de escrever errado, o que pode acabar prejudicando-os numa redação para um bom emprego, no vestibular ou quando forem mandar um bilhetinho para aquela paquera (aos que curtem namoros à moda antiga). Cultivem o hábito de ler mais, nem que seja a coluna social de um jornal, desde que haja qualidade na redação. ¿Beijo para todos!
PS: Aproveitando a oportunidade em que peço SOS a língua brasileira, deixo uma música de minha ídola quando reclamava da MPB.
Arrombou a Festa
Ai, ai, meu Deus, o que foi que aconteceu
Com a música popular brasileira?
Todos falam sério, todos eles levam a sério
Mas esse sério me parece brincadeira
Benito lá de Paula com o amigo Charlie Brown
Revive em nosso tempo o velho e chato Simonal
Martinho vem da Vila lá do fundo do quintal
Tornando diferente aquela coisa sempre igual
Um tal de Raul Seixas vem de disco voador
E Gil vai refazendo seu xodó com muito amor
Dez anos e Roberto não mudou de profissão
Na festa de arromba ainda está com seu carrão
Parei pra pesquisar
Ai, ai, meu Deus, o que foi que aconteceu
Com a música popular brasileira?
Todos falam sério, todos eles levam a sério
Mas esse sério me parece brincadeira
O Odair José é o terror das empregadas
Distribuindo beijos, arranjando namoradas
Até o Chico Anísio já bateu pra tu bate
Pois faturar em música é mais fácil que em tevê
Celly Campello quase foi parar na rua
Pois esperavam dela mais que um banho de lua
E o mano Caetano tá pra lá do Teerã
De olho no sucesso da boutique da irmã
Bilú, bilú, fafá, faró, faró, tetéia
Severina e o filho da veia
A música popular brasileira
A música popular
Sou a garota papo firme que o Roberto falou
Da música popular
O tico-tico nu, o tico-tico cu, o tico-tico pá rá rá rá
Música popular
Olha que coisa mais linda, mais cheia de...
Música popular
Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero a música popular brasilera
Pega, mata e come!

Rita Lee - Paulo Coelho

terça-feira, 20 de janeiro de 2004

#14 – Diferenças e Divergências

Fico horrorizado toda a vez que assisto à televisão, notícias sobre a violência do ser humano contra si próprio. Não falo aqui da violência urbana, causada pelo caos social que alguns países estão inseridos, devido as várias políticas econômicas mal sucedidas, mas sim pela violência oriundas de "dogmas", "verdades", "crenças", enfim, por divergências de opiniões de superioridade imbecís. Apesar da imensidão do nosso planeta, o mundo é pequeno para quem não sabe viver nele e por isso mesmo, não devemos nos fechar em guetos específicos, tratando outros grupos como rivais. É o caso de um rapaz que conheci, e que tinha em si um mundo dividido entre héteros e homos, ao ponto de dizer para mim que não era homem. Expliquei-lhe que a questão sexual é uma coisa muito particular de cada ser humano e nem por isso devemos dividir o mundo. Fazemos, todos, parte de um mundo só. Diferenças existem, mas não quer dizer que não devemos compartilhar o mesmo mundo. O melhor exemplo para ilustrar isso, é a moeda, aonde tem duas faces diferentes que convivem em harmonia. Já imaginaram se aqui no Brasil todos resolvessem entrar em conflito por causa de questões: sexual, religiosa, time de futebol, escola de samba, política, classe social, regionalidade etc. Iríamos estar vivendo em eterno conflito... As divergência de opiniões são necessárias para o amadurecimento do ser humano interior e exteriormente, sem que elas precisem ser impostas como na época ditadorial, aonde tudo era feito às escondidas (se bem que escondidinho é mais gostoso!). Tento conscientizar, dia após dia, à minha ex-namorada Danielle e a minha amiga Janice, que não alterei meu jeito de ser e de pensar depois de ter-lhes dito que sou gay. Enfim, vivamos com as diferenças e divergências sem conflito.

terça-feira, 13 de janeiro de 2004

#13 – Tamanho é documento?

Caramba!!! Como tem gente com mente retrógrada em pleno século XXI. Observo que ainda existe muito preconceito com relação a aparência das pessoas, pondo em dúvida sua real capacidade de exercer uma tarefa ou assumir algum posto, ficando assim excluídas do mercado de trabalho ou à margem da sociedade. Raramente vemos pessoas (que até a pouco sofriam grande preconceito, como as mulheres e negros), principalmente as portadoras de deficiência, exercendo alguma função digna e gratificante para si próprio. Infelizmente, tal substimação da capacidade de "outrem" faz parte de uma cultura burra, aonde vale a máxima de que tais pessoas não são capazes de superar-se e sequer podem sobreviver sem a ajuda de alguém. Há um número ainda muito insignificante de casos, em que tais pessoas superaram suas próprias deficiências e ocupam funções e posições dignas de sua capacidade e gratificante para o próprio ego. É o caso de um engenheiro cego que trabalha na parte de informática do Banco Itaú. Aí, muitos perguntam: um cego na área de informática num dos maiores bancos do Brasil??? É isso mesmo! E qual o problema? Este é um exemplo, dentre muitos outros, de que não existem obstáculos que não possam ser superados. Tal exemplo vale inclusive para os não deficientes físicos - os deficientes que têm enrustidos na mente a idéia de manterem-se estáticos por não conhecerem suas próprias capacidades.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2004

#12 – Ser ou não ser...


Eitá frase capiciosa! Isso não se trata de trecho da obra do memorável William Shakespeare, mas sim de uma realidade vivida pela maioria dos visitantes deste modesto blog. Não falo aqui da questão de ser ou não homossexual, mas de como encarar estar realidade perante a sociedade e principalmente, os pais. Está aí uma questão muito delicada: como encarar nossa sexualidade diante dos pais? (não quero dizer com isso que devemos nos esteriotipar afim de mostrar a todos de nossa preferência sexual, pois isso é uma coisa muito pessoal do indivíduo. Até hoje não presenciei nenhum católico ou espírita saindo por aí dizendo a todos que tem para si a religião x ou y). É muito difícil para eles aceitarem tal condição do filho, tendo em vista que todos "investem" seus sonhos não realizados nas crianças, além da questão dos netos, bisnetos etc. Imaginem a frustração que eles não devem ficar quando recebem essa notícia? Com isso, a maioria de nós reservamo-nos ao direito de pôr o assunto de lado e continuar tocando a vida, evitando assim brigas, insultos e confusões desnecessárias, já conhecidas por alguns e ouvidas por muito de nós. Porém não quer dizer que nossos pais deixem de nos amar. Nesse momento, há uma mistura de sentimentos, tais como tristeza, frustração, além da sensação de que eles erraram em alguma coisa. As reações variam de família para família, mas é certo que o pai sempre é o mais rígido neste momento e a mãe a mais triste. Talvez seja por eles (os pais) amarem o filho "perfeito" segundo suas concepções e elas (as mães) amarem o filho gerado. Sem falar no clima que fica dentro de casa... Isso se dá por eles estarem inseridos numa sociedade hipócrita e "moralista" que finge não enxergar as pessoas como são, em seu íntimo, preferindo vê-las no grupo em que estão inseridas. Sair ou não debaixo dos lençois... Eis a questão.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2004

#11 – Amizade

Bom Dia! Boa Tarde! Boa Noite!

Feliz 2004 para Todos!

Antes de tudo, agradeço a todos que lembraram de mim, seja: visitando o blog, mandando torpedos, ligando ou deixando recados na secretária eletrônica... Obrigado!
No penúltimo dia do ano que passou (Graças a Deus!), fui ao cinema para assistir a nada mais, nada menos que "O Senhor dos Anéis". O filme foi excelente, com efeitos fantásticos e com uma história muito bonita. Além de tudo, o que me chamou a atenção no filme, foram alguns valores e lições demonstrados, que conhecemos e sequer damos importância. Pretendo falar de cada um deles particularmente, porém separados, para não deixar o texto muito grande.
O primeiro deles diz respeito a "amizade". No filme, enquanto os dois garotos trilham para levar o anel para ser destruido, um ser muito esquisito tentou afastá-los um do outro com intrigas. Quantas vezes ouvimos intrigas e fofocas sobre nossos amigos e sequer procuramos apurar sua origem e veracidade. É fácil darmos ouvidos as coisas erradas e atirarmos a esmo, do que chamar o amigo e apurar a verdade. Como era boa nossa infância, quando tínhamos amigos de verdade. Mas temos que ser cautelosos com os amigos ursos. Presenciei um caso de dois amigos que me deixou indignado... Um deles saiu para viajar enquanto o outro ficou. Ficando, aproveitou para cantar o namorado do amigo por um programa de comunicação... e essa história deu uma tremenda confusão, porque o tal amigo viajante estava na casa do namorado e presenciou tudo. Será que vale a pena trocarmos nossas amizades por cobiça ou por uma simples aventura?