domingo, 6 de novembro de 2005

#61 – Cadê a educação.

Sou a favor do ensino integral e concordo quando dizem que o ensino do Brasil (sob um aspecto generalista) vai de mal a pior.
Depois de observar a relação entre minha secretária e sua filha, aqui em casa, cheguei a conclusão que a única coisa de útil que o finado Leonel Brizola foi o projeto de CIEP, na sua concepção original, aonde as crianças ficavam em período integral no colégio, com direito à alimentação, saúde e esporte.
A criança em questão está com seus 8/9 anos estudando e na fase da curiosidade, não tem o "apoio" da mãe para suas questões e dúvidas, pois a minha secretária sempre diz: "eu não estudei, sou burra, não estudei e não sei o que é isso. Vá procurar fulano ou sicrano e pergunta a ele". Como é que uma criança vai ter interesse em aprender algo, se o incentivo que ela deveria ter "em casa" vai todo em vão? Além de não ter incentivo para estudar, ainda há o fato de que todas as vontades da criança são feito, sem que seja cobrado uma melhora no seu desempenho na escola.
Não esqueço jamais, que a escola é somente uma instituição que aprimora a educação das crianças no que diz respeito à moral e cívica, além outras matérias, enquanto que a verdadeira educação vem de casa, passada de pais para filhos. Há também a influência de outros meios, como a religião e a dos amigos. Existem "n" casos em que os pais, na condição de ignorantes da cultura e educação dada pelo colégio (muitas vezes por força maior), incentivam suas crianças a estudar e sempre estão atento aos resultados obtidos pelos filhos.
Como querer um país desenvolvido, se não há um trabalho de conscientização entre os pais e um ensino decente para os filhos?
A falta de princípios e ética no seio da família, ajudada pela demontração dos governantes com tantos exemplos de corrupção, apadrinhamento, nepotismo e outras aliado ao descaso quanto à melhoria do ensino nos colégios públicos, faz com que a bagunça seja generalizada, a ignorância proliferada e o caos reine.
O resultado, podemos ver nas ruas, com a remota possibilidade de acreditar em pessoas com o senso de moral cívica e ética.
¿Beijos!