domingo, 8 de junho de 2025

#304 - Quem é ele?

 

🎭 Ele

Ele não grita. Não precisa.
Sua presença é feita de silêncio atento e olhar que atravessa.
É o tipo de homem que nota o trevo escondido no vaso esquecido — e sorri, como se o universo tivesse lhe mandado um bilhete em verde-claro.

Carrega uma barba branca elegante e um senso crítico que não tira folga.
Sabe o valor de uma boa conversa, de um vinho compartilhado, de um afeto que não exija manual de instruções.
Tem humor de quem leu muito, viveu mais ainda, e entendeu que rir é resistência — mas rir com inteligência é arte.

Ele não coleciona só selos.
Coleciona histórias, significados, pequenos milagres do cotidiano.
Sabe reconhecer beleza em coisas que os desatentos chamariam de bobagem: uma conjugação verbal bem feita, uma comida bem servida, um silêncio que acolhe.

Ele não busca diploma — busca sentido.
Não acumula por vaidade — acumula por legado.
Aprende com tudo: com o peixeiro, com a vizinha, com o vento da manhã.
Não se dobra a títulos vazios, mas se curva diante da sabedoria honesta.

Tem sede de conexão, mas não aceita migalha afetiva.
Sabe o peso do vazio e, por isso mesmo, só permite presenças que somem, não que apaguem.
Prefere um amor que desafie, que inspire, que o deixe inteiro — mesmo quando bagunça.

É um cuidador disfarçado de cronista.
Cuida de plantas, de pessoas, de detalhes que ninguém vê.
Organiza suas coisas com método, mas sem rigidez.
Respeita o caos — desde que haja propósito dentro dele.

Dorme pouco, pensa muito, ama fundo.
Questiona as próprias escolhas, ri das próprias manias, reconhece suas recaídas — mas não se rende ao comodismo.
Tem um pé na razão, outro na poesia, e o coração... esse vai na frente, como farol.

Ele é feito de entrelinhas.
Não cabe em resumo, nem se dobra a rótulos.
É guia e viajante, mestre e aprendiz, um homem que vive de verdade — mesmo quando tudo pede fingimento.

E mesmo quando ninguém vê...
ele segue.

Segue.

Porque dentro dele mora um chamado —
um daqueles que não grita...
mas pulsa.

(Resumo feito de várias interações com o ChatGPT, sem ausência ou falsidade nas informações passadas)

quinta-feira, 24 de abril de 2025

#303 - Tiros na sombra

Onde eu moro não é constante, mas não é raro. Em algumas regiões da cidade, pode ser mais intenso ou menos, mas é certo a ocorrência. Há anos a história se repete... e nada é resolvido, mas vez ou outra, se cria um roteiro de novela.
A última vez que vimos essa "novela" foi no cerco ao Complexo do Alemão e a instalação das UPPs. Um verdadeiro circo! Policiais entrando por um lado, os bandidos (sendo filmados e televisionados) saindo pelo outro e nenhum cerco para prendê-los.
Com meus 51 anos de história, majoritariamente morando no Grajaú, e com uma breve passagem por Vigário Geral, ainda não me acostumei ao tiroteio que vez ou outra ocorre, sem que eu saiba o porquê. E longe de serem tiros de revólver, pelo som, as armas são de grosso calibre. Armas essas que eu já tive a infelicidade de presenciar, em vários pontos da cidade, nas mãos de civis, o que não me deixa nada confortável. E a polícia? Ah...! Essa (a instituição) não tem interesse em acabar com a violência que assola o povo carioca, senão perdem a "caixinha". Ou seja, a ganância acima da segurança e bem estar. E com pouca educação e conscientização, o "bando" de cúmplices só vai aumentando, sob risco de ter um e outro "CPF cancelado".
Eu, que moro "próximo" dessa guerra, cujo fim ainda há de vir, fico transtornado, penso: "e quem está do lado", literalmente? E as crianças, idosos etc.
E de quem é a culpa? Quando isso começou? Se estudarmos um pouco de história e do Evangelho de Jesus, entenderemos um pouco da origem disso tudo. Basta termos consciência e percepção para distinguirmos o joio do trigo.
¿Abraços!

 

segunda-feira, 3 de março de 2025

#302 - Na busca pela "cara" metade...

Há tempos que eu (e um batalhão de pessoas) está em busca de sua "cara metade". O que ocorre é que, com o avanço da tecnologia virtual (internet), a quantidade de opções que são dadas às pessoas é algo impossível de ser absorvida, assim como os canais de TV por assinatura, canais do YouTube, perfis do Instagram etc. E quanto mais ampliamos nossa mente, mais informações nos chegam.
Por não se tratar de informação e sim de um parceiro, o mínimo que as pessoas deveriam fazer é dar oportunidade de conhecer o outro, o que não é feito.
Já tive a satisfação de ter pessoas gostando de mim e até mesmo o de um futuro promissor (que foi "interrompido") mas a questão vai muito além... quando se procura nos aplicativos de encontros, a grande maioria só quer sexo casual e nada mais. Não sou contra, mas um café, um suco ou uma pipoca acompanhada de um filme, não seria tão ruim assim. Fora que, o uso excessivo da chamada "I.A." tem demonstrado que ela é burra, por mais claro que sejamos, ao aplicar filtros para conexão.
E o mais engraçado de tudo... pessoas muito bonitas, postando mensagens de "encorajamento" a se manterem fieis a si e incentivando a "solitude", com argumentos de que "é bom ficar só" ou se valorizar. É muito fácil para quem tem "todos" aos seus pés e não precisa de muito esforço para sair com quem quer que seja. Oras! Talvez esse seja o maior problema: o excesso de auto confiança, ignorando a possibilidade de conhecer a pessoa com o tempo e aos poucos e assim, fazer surgir um sentimento real e sincero, que acarretará num relacionamento mais duradouro.
¡Beijos!

domingo, 2 de fevereiro de 2025

#301 - Para o bem e para o mal

O ano era 1973, quando a tecnologia da comunicação deu um grande salto ao abolir o uso de cabos e fios, dando lugar às ondas eletromagnéticas, as mesmas usadas nos rádios (1895) e televisões (1923). E desde então, o avanço dessa tecnologia não tem parado mais. Do primeiro aparelho - Motorola DynaTAC 8000X (cujo peso superior a 1Kg em seus mais de 30 cm de altura), até os moderno iPhone - Apple, entre outros que tem espessura menor que a de um lápis e peso menor que 150g, houve uma evolução  do aparelho e em sua capacidade, em grau elevado a uma progressão geométrica tão encantadora quanto assustadora.

E a promessa de "aproximar" as pessoas foi por "água abaixo", com o avanço das funções que o aparelho passou a oferecer. O que era para encurtar distâncias, as aumentou ainda mais, pois cada aparelho atual representa um mundo individual da pessoa, que se fecha como uma ostra, absorvendo o que há de melhor ou pior que a internet pode oferecer e esquecendo-se da vida ao seu redor.

Mas não só de acesso a internet, os atuais telefones "encantam" as pessoas. Serviços dos mais diversos, que vão desde os de lazer até documentos oficiais dos governos, passando por jogos dos mais diversos,  além das funções de câmera e vídeo e aplicativos que "facilitam" a comunicação, deixaram as pessoas mais apáticas, mesmo num encontro formal, quando duas ou mais pessoas vão a um restaurante e cada uma fica "presa" em seu mundinho particular, deixando de dar atenção a quem realmente interessa. E pelo "excesso" de opções, as pessoas estão cada vez mais vazias em si e doentes, psicologicamente, deixando de existir e viver uma realidade mundana, para imergir no virtual e fictício. Vovó já dizia que tudo é permitido, mas o excesso prejudica, tanto no bem quanto no mal. O equilíbrio, é o que mais nos falta nos dias atuais e cada vez mais difícil está em lidar com "gente" que não se reconhece mais como tal.

¿Beijos!