domingo, 21 de setembro de 2025

#309 - O que define uma verdadeira amizade?

Muita gente acredita que amizade se mede pelo tempo. Mas, na prática, não é bem assim. Há colegas de anos que nunca passam da superfície e há pessoas recém-chegadas que já parecem ter um lugar reservado em nossa vida. O que separa uma amizade verdadeira de uma simples conveniência não é a quantidade de tempo, mas a qualidade da troca.

Com o tempo, aprendemos que companhia não é sinônimo de amizade. Há pessoas que só nos procuram quando precisam de algo: seja para não irem sozinhas a um evento, seja para obter uma informação, seja para aproveitar uma oportunidade que lhes beneficie. Em situações assim, a relação se revela frágil, pois a presença não nasce do cuidado, mas do interesse.

Outro ponto revelador é a reciprocidade. Uma verdadeira amizade não se limita a bons momentos, viagens ou festas. Ela se mostra quando a vida fica mais silenciosa, quando não há glamour, nem vantagens imediatas. Se alguém só aparece na celebração, mas nunca na travessia, talvez não seja amizade — apenas conveniência social.

Também é na amizade que se testa o respeito pela identidade do outro. Quando há preconceito, julgamento ou tentativa de moldar quem somos, a relação deixa de ser porto seguro e se torna um peso. Uma amizade verdadeira acolhe diferenças, sem a pretensão de mudá-las.

Por fim, há o apoio mútuo. Não precisa ser constante ou diário, mas precisa ser real. É saber que, na hora certa, a pessoa está lá — não para resolver nossos problemas, mas para caminhar ao lado, com sinceridade e lealdade.

Amizade, portanto, não é sobre estar junto o tempo todo, nem sobre colecionar contatos. É sobre confiança, autenticidade e crescimento mútuo. E, embora esteja cada vez mais raro encontrar vínculos assim, quando surgem, fazem toda a diferença.

Porque amizade de verdade não se mede em anos — mede-se em presença, em respeito e em verdade.

¿Até!

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

#308 - Notícias que não (me) convém

 

Deixa eu te contar...
E assim começa mais um capítulo de uma conversa cujo assunto não é pertinente, não envolve o transmissor da mensagem, menos ainda o receptor, mas apenas terceiros, por simples incômodo ou opinião que não levam ninguém a lugar algum.
Algumas pessoas e em especial, uma velha amiga, têm esse péssimo hábito e algumas vezes já comentei: se não te envolve direta ou indiretamente, não interessa a mim, nem a ti.
Mas a necessidade de falar das pessoas (não públicas*) é algo inacreditável, como se a vida que nos norteia não fosse de muitos desafios diários.
E com o passar do tempo, percebi que essa é uma característica predominantemente feminina, seguida dos homossexuais masculinos e uma pequena parte de homens.
E daí vem a grande questão: o que as pessoas têm a ver com o que se passa na vida de "outrem"?
Não sou psicólogo e nem faço estudos sobre as relações humanas, mas já percebi que grande parte da humanidade tem um "fetiche" em observar a vida alheia. Não a toa, o Big Brother é sucesso em várias partes do mundo, filmes pornô também, o que nos faz concluir que há um interesse "intrínseco" em querer estar no lugar do outro. E quando o comentário não é positivo, é porque a pessoa enxerga no outro defeitos que ainda não conseguiu expurgar de si.
*Pessoas Públicas = políticos que são eleitos para trabalhar para a nação. Para esse público, nos interessa a vida profissional (e parte da pessoal) a fim de que atendam os princípios de moralidade, ética e respeito com os recursos públicos, oriundos de impostos das três esferas.
¿Abraços!

terça-feira, 19 de agosto de 2025

#307 - A atitude que envergonha o banquete

Sabe aquele momento em que tudo está bonito, servido com cuidado, mas alguém aparece com um prato que parece ter sido montado com pressa, desleixo ou gula? Pois é. O problema não é o prato — é a atitude. Mas, mais do que a atitude de quem exagera na porção no autosserviço (como se não tivessem outras pessoas em volta ou como se não pudesse voltar para continuar a saborear a refeição), é quando o(a) indivíduo(a) deixa mais do que "restos", demostrando uma falta de respeito enorme para com toda a sociedade: quem prepara a refeição, quem vai fazer a limpeza e principalmente àqueles que não têm o que comer.

O ambiente que deveria ser de troca, beleza, partilha etc. se transforma numa zona de caos e desrespeito, inclusive com quem está presente, pela disputa por comida, ignorando todos os protocolos de postura, etiqueta e bom senso. É o prato que destoa, o gesto que fere o coletivo. E, infelizmente, essa escolha não é individual, mas de um grupo que denuncia a falta de senso e educação.

Vivemos cercados de banquetes — oportunidades de convivência, beleza, afeto, aprendizado. Mas sempre há quem insista em transformar a própria travessa numa afronta ao todo. Talvez nem percebam. Talvez não se importem.

¿Abraços!

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

#305 - Fofoca, tô fora!

Um dos motivos que me faz manter-me distante de certos grupos é a "bendita" da fofoca: um veneno que escorre entre sorrisos. Além de ser uma praga silenciosa, ao se disfarçar de conversa leve, esta contamina relações, destrói reputações e vicia quem faz uso. Alivia momentaneamente o tédio de quem não tem assunto próprio, mas custa caro no longo prazo — em confiança, em credibilidade, em paz.

Por isso mesmo, sou "alvo" de tanta gente com desejo de "destilar esse veneno", sabendo que tem em mim, um porto seguro. Mas... o que me faz acreditar que, além de ouvinte, não posso ser autor, em outras rodas?

Não é à toa que me mantenho distante. Não gosto de me envolver com quem faz da vida alheia seu passatempo preferido. E, se me perguntarem por que evito certos grupos, direi sem rodeios: porque onde há muita fofoca, sobra ego e falta maturidade.

Fofoca é ruído. E eu prefiro o silêncio de quem respeita o outro a esse barulho sem propósito.

¿Abraços!

domingo, 8 de junho de 2025

#304 - Quem é ele?

 

🎭 Ele

Ele não grita. Não precisa.
Sua presença é feita de silêncio atento e olhar que atravessa.
É o tipo de homem que nota o trevo escondido no vaso esquecido — e sorri, como se o universo tivesse lhe mandado um bilhete em verde-claro.

Carrega uma barba branca elegante e um senso crítico que não tira folga.
Sabe o valor de uma boa conversa, de um vinho compartilhado, de um afeto que não exija manual de instruções.
Tem humor de quem leu muito, viveu mais ainda, e entendeu que rir é resistência — mas rir com inteligência é arte.

Ele não coleciona só selos.
Coleciona histórias, significados, pequenos milagres do cotidiano.
Sabe reconhecer beleza em coisas que os desatentos chamariam de bobagem: uma conjugação verbal bem feita, uma comida bem servida, um silêncio que acolhe.

Ele não busca diploma — busca sentido.
Não acumula por vaidade — acumula por legado.
Aprende com tudo: com o peixeiro, com a vizinha, com o vento da manhã.
Não se dobra a títulos vazios, mas se curva diante da sabedoria honesta.

Tem sede de conexão, mas não aceita migalha afetiva.
Sabe o peso do vazio e, por isso mesmo, só permite presenças que somem, não que apaguem.
Prefere um amor que desafie, que inspire, que o deixe inteiro — mesmo quando bagunça.

É um cuidador disfarçado de cronista.
Cuida de plantas, de pessoas, de detalhes que ninguém vê.
Organiza suas coisas com método, mas sem rigidez.
Respeita o caos — desde que haja propósito dentro dele.

Dorme pouco, pensa muito, ama fundo.
Questiona as próprias escolhas, ri das próprias manias, reconhece suas recaídas — mas não se rende ao comodismo.
Tem um pé na razão, outro na poesia, e o coração... esse vai na frente, como farol.

Ele é feito de entrelinhas.
Não cabe em resumo, nem se dobra a rótulos.
É guia e viajante, mestre e aprendiz, um homem que vive de verdade — mesmo quando tudo pede fingimento.

E mesmo quando ninguém vê...
ele segue.

Segue.

Porque dentro dele mora um chamado —
um daqueles que não grita...
mas pulsa.

(Resumo feito de várias interações com o ChatGPT, sem ausência ou falsidade nas informações passadas)

quinta-feira, 24 de abril de 2025

#303 - Tiros na sombra

Onde eu moro não é constante, mas não é raro. Em algumas regiões da cidade, pode ser mais intenso ou menos, mas é certo a ocorrência. Há anos a história se repete... e nada é resolvido, mas vez ou outra, se cria um roteiro de novela.
A última vez que vimos essa "novela" foi no cerco ao Complexo do Alemão e a instalação das UPPs. Um verdadeiro circo! Policiais entrando por um lado, os bandidos (sendo filmados e televisionados) saindo pelo outro e nenhum cerco para prendê-los.
Com meus 51 anos de história, majoritariamente morando no Grajaú, e com uma breve passagem por Vigário Geral, ainda não me acostumei ao tiroteio que vez ou outra ocorre, sem que eu saiba o porquê. E longe de serem tiros de revólver, pelo som, as armas são de grosso calibre. Armas essas que eu já tive a infelicidade de presenciar, em vários pontos da cidade, nas mãos de civis, o que não me deixa nada confortável. E a polícia? Ah...! Essa (a instituição) não tem interesse em acabar com a violência que assola o povo carioca, senão perdem a "caixinha". Ou seja, a ganância acima da segurança e bem estar. E com pouca educação e conscientização, o "bando" de cúmplices só vai aumentando, sob risco de ter um e outro "CPF cancelado".
Eu, que moro "próximo" dessa guerra, cujo fim ainda há de vir, fico transtornado, penso: "e quem está do lado", literalmente? E as crianças, idosos etc.
E de quem é a culpa? Quando isso começou? Se estudarmos um pouco de história e do Evangelho de Jesus, entenderemos um pouco da origem disso tudo. Basta termos consciência e percepção para distinguirmos o joio do trigo.
¿Abraços!

 

segunda-feira, 3 de março de 2025

#302 - Na busca pela "cara" metade...

Há tempos que eu (e um batalhão de pessoas) está em busca de sua "cara metade". O que ocorre é que, com o avanço da tecnologia virtual (internet), a quantidade de opções que são dadas às pessoas é algo impossível de ser absorvida, assim como os canais de TV por assinatura, canais do YouTube, perfis do Instagram etc. E quanto mais ampliamos nossa mente, mais informações nos chegam.
Por não se tratar de informação e sim de um parceiro, o mínimo que as pessoas deveriam fazer é dar oportunidade de conhecer o outro, o que não é feito.
Já tive a satisfação de ter pessoas gostando de mim e até mesmo o de um futuro promissor (que foi "interrompido") mas a questão vai muito além... quando se procura nos aplicativos de encontros, a grande maioria só quer sexo casual e nada mais. Não sou contra, mas um café, um suco ou uma pipoca acompanhada de um filme, não seria tão ruim assim. Fora que, o uso excessivo da chamada "I.A." tem demonstrado que ela é burra, por mais claro que sejamos, ao aplicar filtros para conexão.
E o mais engraçado de tudo... pessoas muito bonitas, postando mensagens de "encorajamento" a se manterem fieis a si e incentivando a "solitude", com argumentos de que "é bom ficar só" ou se valorizar. É muito fácil para quem tem "todos" aos seus pés e não precisa de muito esforço para sair com quem quer que seja. Oras! Talvez esse seja o maior problema: o excesso de auto confiança, ignorando a possibilidade de conhecer a pessoa com o tempo e aos poucos e assim, fazer surgir um sentimento real e sincero, que acarretará num relacionamento mais duradouro.
¡Beijos!

domingo, 2 de fevereiro de 2025

#301 - Para o bem e para o mal

O ano era 1973, quando a tecnologia da comunicação deu um grande salto ao abolir o uso de cabos e fios, dando lugar às ondas eletromagnéticas, as mesmas usadas nos rádios (1895) e televisões (1923). E desde então, o avanço dessa tecnologia não tem parado mais. Do primeiro aparelho - Motorola DynaTAC 8000X (cujo peso superior a 1Kg em seus mais de 30 cm de altura), até os moderno iPhone - Apple, entre outros que tem espessura menor que a de um lápis e peso menor que 150g, houve uma evolução  do aparelho e em sua capacidade, em grau elevado a uma progressão geométrica tão encantadora quanto assustadora.

E a promessa de "aproximar" as pessoas foi por "água abaixo", com o avanço das funções que o aparelho passou a oferecer. O que era para encurtar distâncias, as aumentou ainda mais, pois cada aparelho atual representa um mundo individual da pessoa, que se fecha como uma ostra, absorvendo o que há de melhor ou pior que a internet pode oferecer e esquecendo-se da vida ao seu redor.

Mas não só de acesso a internet, os atuais telefones "encantam" as pessoas. Serviços dos mais diversos, que vão desde os de lazer até documentos oficiais dos governos, passando por jogos dos mais diversos,  além das funções de câmera e vídeo e aplicativos que "facilitam" a comunicação, deixaram as pessoas mais apáticas, mesmo num encontro formal, quando duas ou mais pessoas vão a um restaurante e cada uma fica "presa" em seu mundinho particular, deixando de dar atenção a quem realmente interessa. E pelo "excesso" de opções, as pessoas estão cada vez mais vazias em si e doentes, psicologicamente, deixando de existir e viver uma realidade mundana, para imergir no virtual e fictício. Vovó já dizia que tudo é permitido, mas o excesso prejudica, tanto no bem quanto no mal. O equilíbrio, é o que mais nos falta nos dias atuais e cada vez mais difícil está em lidar com "gente" que não se reconhece mais como tal.

¿Beijos!