sábado, 20 de março de 2010

#171 - Pau que nasce torto...

... mija fora da bacia, já diziam os "Mamonas Assassinas". E o fato é uma realidade, colocado a prova numa semana, que passei com minha mãe, por conta do falecimento de seu companheiro (depois de 15 anos de convivência). Nesse convívio, pude perceber que não há nada nesse mundo que faça uma pessoa mudar suas atitudes para melhor ou abstrair as que prejudique a si próprio. Num esforço de tentar "normalizar" a situação, fiquei em sua casa por uns dias, dormi por lá e a ajudei a tirar os objetos pessoais do falecido. Não preciso dizer que tudo era motivo de choro, obviamente. Mas, diz o velho ditado "o show tem que continuar", porque o mundo não para. Nessa limpeza, percebi que o hábito da desorganização generalizada ainda prevalece com a minha amada mãezinha e que o falecido também o tinha, além de outro um pouco mais agravante: o de ter tudo múltiplas vezes. Resumindo: estive numa casa aonde encontrava de tudo em todos os cantos e várias vezes, o mesmo objeto. Com o objetivo de tentar colocar ordem na casa, providenciei caixas e pedi que minha mãe pusesse coisas afins num único lugar (ex.: remédios num único lugar para que pudesse encontrá-los à frente) e também para preparar-se para a mudança que ocorreu logo em seguida. Além de não ter avançado muito no meu intuito, ainda tive que presenciar minha irmã pouco disposta a ajudar.
Aliás, ajudou sim. "Convidou" minha mãe para a viagem com ela até Fortaleza, mas quando o proprietário do apartamento anunciou o desejo de ter o imóvel em um período pouco maior que 20 dias após o falecimento, o convite foi por água abaixo. No entanto, nas conversas seguintes, comentou-se no fato de que achar um imóvel nas condições que ela precisava levaria mais do que 30 dias e chegou-se a conclusão de que o proprietário deveria esperar. Diante dessa nova perspectiva, comentei sobre a viagem com a minha irmã e imediatamente ela deixou a responsabilidade em cima da minha mãe, comentando que ela iria se a mesma comentasse. Comentário esse que ela (ciente do fato) não ouviria. Além do mais, não ajudou sequer a procurar algum imóvel no primeiro fim de semana, sob diversas alegações e postergando a responsabilidade de ajudá-la para depois das férias. Cachorros fazem cachorrada e essa foi mais uma. Voltei para casa, pois precisava ficar ao menos o fim de semana só para descançar, pois é difícil lidar com alguém que não se auxilia para minimizar o trabalho alheio.
¿Abraços!

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