domingo, 2 de maio de 2004

#30 – No seu ou no meu?

Ainda fico espantando da maneira de como as pessoas agem quando o assunto é balada. Tenho percebido muito no meio gay algo que me faz pensar bastante a respeito da liberdade... Atualmente, tenho feito muitas 'amizades com homens gays', mas nem por isso alterei minha rotina e forma de agir. Quando comento com os vários "amigos gays", sobre sair à noite, o que ouço em unanimidade é ir à boite GLS. Acho essa uma atitude louvável e até fico feliz pelo surgimento de várias casas "específicas" ao público GLS. Porém, há necessidade de se ter casas tão "específicas" assim??? Isso acaba me fazendo pensar que um homossexual não pode se misturar em 'ambientes heteros' e vice-versa. Porra!!! Se estamos falando em liberdade de expressão, acredito que não deve haver esse tipo de separação. Boite é boite e pronto... Em conversa com um conhecido, quando vínhamos de seu trabalho em Botafogo para o Centro do Rio de Janeiro, comentei a ele sobre a possibilidade de irmos à uma boite localizada no Centro, chamada Symbol Club (checar em "sites"), e ouvi do mesmo que não iria por não ser uma boite GLS. Outro caso, foi de um amigo que virá ao Rio de Janeiro, quando veio com o comentário de que poderíamos ir a um barzinho hétero para conversarmos. Ora bolas!!! Será que agora vou deixar de freqüentar bons lugares somente por causa da minha posição como gay? Seria uma estupidez minha limitar-me dessa maneira, deixando até de conhecer novos ambientes e novas pessoas. Se vivem pedindo por liberdade, porque então criar um "mundo" à parte, entrar e não sair mais dele, achando que com isso vai se diminuir o preconceito ou acabar por vez com toda essa demagogia que assistimos tods os dias... Tenho amigos cuja sexualidade de cada um não me interessa, mas sim se realmente fazem por onde para merecer minha amizade e não vou de maneira alguma fazer distinção por serem héteros, homos, xiitas, católicos, espíritas, negros, amarelos ou brancos etc. ¿Abraços! e ¿Beijos!