sábado, 10 de outubro de 2009

#153 - Marcas que não morrem jamais...

Há um tempinho atrás, recebi de um amigo uma gravação do último dia da Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, pertencente ao grupo do Jornal do Brasil.
Fundado em 1891 por Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas, de nivel elevado, contava com a colaboração de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides Spínola, Ulisses Viana, José Maria da Silva Paranhos Júnior e outros. O periódico inovou por sua estrutura empresarial, parque gráfico, pela distribuição em carroças e a participação de correspondentes estrangeiros, como Eça de Queirós. O seu primeiro número veio a público em abril.
De excelente qualidade informativa e entre altos e baixos, o jornal se manteve e é tradicionalmente voltado para as classes média e alta que se concentram na Zona Sul do Rio de Janeiro, uma elite diminuta mas com altíssimo poder de formação de opinião, a nível nacional.
Como um meio de comunicação, não ficou somente no jornal e lançou-se também na rádio, com as: Rádio JB AM, Rádio JB FM (1935), Rádio Cidade e FM 105. A JB AM do Rio de Janeiro, lançada em meados da década de 80, apresentou-se com uma programação dedicada à música adulta sofisticada e ao jornalismo, chegando a ter um programa de jazz apresentado pelo humorista (e conhecedor de música) Jô Soares, chegou a ter qualidade de estéreo, com sonoridade dolby e grande potência.
Em 1º de maio de 1977 é a vez do surgimento da Rádio Cidade (na freqüência FM) e trouxe um novo gás aos ouvintes do Rio de Janeiro, com programação e música de qualidade, para os amantes do rock. Sua programação de qualidade e bom humor durou até 06 de Março de 2006, quando a Rádio Cidade deu lugar a Oi FM. Assim também foi com o Jornal do Brasil que, apesar de ter chegado a um patamar de quase falência, depois de grandes alterações, em 2006 alterou o formato para o estilo "europeu" afim de adaptar-se a nova realidade e redução de custo. Ainda que, com caixa baixo, mantêm-se "vivo" até hoje com o novo formato e a Rádio Cidade que deu-se para alguns como "morta", está bem viva e disposta a volta ao mundo real através da Cidade Web Rock.
Como dizem na administração, o Share of Mind faz o diferencial de qualquer empresa.
¿Abraços!

Um comentário:

OS Z ETES disse...

Hey, moço... como é que vc tá?
Poxa... tinha um bom tempo que eu não aparecia por aqui.
Tô voltando aos poucos a vida de blogueira.
Gostei do texto! É muito bacana principalmente para as pessoas que não residem no Rio, como eu. É uma oportunidade de conhecer um pouco da história da rádio carioca. Adorei!
Um beijo, querido!
Se puder... apareça! =D
Inté!